A Voyage into tartary: O projeto político da igreja Universal e a união entre ortodoxos e anglicanos
REVISTA DE CIÊNCIAS DO ESTADO - REVICE
A Voyage into tartary: O projeto político da igreja Universal e a união entre ortodoxos e anglicanos
Autor Correspondente: B. Pereira Caixeta | [email protected]
Palavras-chave: utopia, orientalismo britânico, James II, revoluções burguesas
Resumos Cadastrados
Resumo Português:
Este artigo apresenta a primeira parte de A Voyage into Tartary. Esta foi uma obra publicada anônima em Londres, em 1689, que, a despeito de lida pelos franceses como expoente das produções libertinas, e, pelos americanos, como um dos primeiros exemplares de ficção científica e do Iluminismo, encontra melhor filiação na corrente histórica das utopias, junto às suas manifestações literárias inglesas do final do século 17. Tal qual muitas das produções desse gênero, o livro consiste em uma formulação de um projeto político burguês. No seu caso, apresenta o projeto político de ascendência burguesa, cogitado por um número de intelectuais de posição política moderada no final do século 17 para simultaneamente opor-se à regência despótica de James II, por fim definitivo no absolutismo e promover o desenvolvimento econômico e a modernização da Inglaterra. Uma das propostas fundamentais desse projeto é apresentada na seção primeira do livro; consistiu na proposição de uma igreja universal, de princípios filosóficos universais, capaz de comportar todas as designações religiosas moderadas, unindo os protestantes contra James II e, simultaneamente, entregando-lhes o poder político. eve início com a proposição de um acordo com as igrejas ortodoxas do oriente, especialmente, com a igreja grega, então, para os ingleses, fonte simultânea de conhecimento antigo, tradição religiosa e aliada econômica, atributos frugais para a conquista do plano. Aqui fazemos uma apresentação desse projeto como aparece na primeira parte da narrativa.
Resumo Inglês:
This article introduces the first part of A Voyage into Tartary. This was a work published anonymously in London in 1689, which was read by the French as an exponent of the libertine productions, and by the Americans as one of the earliest examples of science fiction and the Enlightenment. Tartary, however, finds a better affiliation in the historical chain of utopias, along with its English literary manifestations of the late 17th century. Like many productions of this genre, the book consists of a formulation of a bourgeois political project. In its case, particularly, it presents the political project of bourgeois ancestry, envisaged by a number of intellectuals of moderate political position at the end of the 17th century to simultaneously oppose the despotic rule of James II, finally definitive in absolutism and promote economy and the modernization of England. One of the fundamental proposals of this project is presented in the first section of the book; it consisted in proposing a universal church of universal philosophical principles capable of embracing all moderate religious designations, uniting the Protestants against James II and simultaneously giving them political power. It began with the proposition of an agreement with the Eastern Orthodox Churches, especially with the Greek Church, then for the English, simultaneous source of ancient knowledge, religious tradition and an economic ally, frugal attributes for the conquest of the plan. Here we give a presentation of this project as it appears in the first part of the narrative.
