Um trabalho com tecnologias digitais em cursos de formação de professores de Matemática: possibilidades para o pensar

Educação Matemática Pesquisa

Endereço:
Rua Marquês de Paranaguá - 111 - Consolação
São Paulo / SP
01303050
Site: https://revistas.pucsp.br/emp
Telefone: (11) 9244-8536
ISSN: 19833156
Editor Chefe: Saddo Ag Almouloud
Início Publicação: 04/02/1999
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Matemática, Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Educação, Área de Estudo: Multidisciplinar, Área de Estudo: Multidisciplinar

Um trabalho com tecnologias digitais em cursos de formação de professores de Matemática: possibilidades para o pensar

Ano: 2022 | Volume: 24 | Número: 2
Autores: Elisangela Pavanelo
Autor Correspondente: Elisangela Pavanelo | [email protected]

Palavras-chave: eorema Fundamental do Cálculo, Educação Matemática, Geogebra, Pensar em Heidegger

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este artigo tem como objetivo discutir como um trabalho com Tecnologias Digitais (TD) que apresenta uma atividade de investigação pode criar possibilidades para o pensar nas aulas de Matemática. Apresentamos esse ‘pensar’ a partir da teoria de Heidegger.  O trabalho traz a discussão para os cursos de formação de professores, onde propõe que a abertura para a investigação, para a discussão e a criação pode se dar em cada uma de suas disciplinas, não só nas que se relacionam diretamente com a área pedagógica. O trabalho, que se desenvolve a partir de uma pesquisa qualitativa com enfoque fenomenológico, propõe uma atividade, com foco no Teorema Fundamental do Cálculo, um tema importante para o Cálculo Diferencial e Integral. A atividade foi desenvolvida com alunos de um curso de Licenciatura em Matemática. Os dados deste trabalho foram obtidos por meio da análise das discussões de um dos grupos de alunos. A partir do referencial teórico estudado sobre o pensar em Heidegger e os dados analisado, percebemos: o movimento, ou seja, o não pensado e o pensável, que se “dá a pensar”; a busca de sentido do que se apresenta e o tema estudado como algo que espanta, que abre em sala de aula uma disposição para se pensar sobre o que se mostra na atividade. Concluímos, portanto que os alunos, ao serem convidados a desenvolver uma atividade que instigue o pensar, questionam, elaboram, testam e validam hipóteses, se emocionam com as descobertas, ou seja, se lançam em um movimento, onde encontram o não pensado e o pensável, que se “dá a pensar”, quando se interessam por pensar.



Resumo Inglês:

This article aims to discuss how a work with Digital Technologies (DT) that presents an investigation activity can create possibilities for thinking in Mathematics classes. We present this 'thinking' from Heidegger's theory. The work brings the discussion to teacher training courses, where it proposes that openness to investigation, discussion and creation can take place in each of its disciplines, not only in those directly related to the pedagogical area. The work, which is developed from a qualitative research with a phenomenological focus, proposes an activity, focusing on the Fundamental Theorem of Calculus, an important topic for Differential and Integral Calculus. The activity was developed with students of a degree course in Mathematics. The data for this work were obtained through the analysis of the discussions of one of the groups of students. From the theoretical framework studied on thinking in Heidegger and the data analyzed, we perceive: the movement, that is, the unthought and the thinkable, which “gives itself to thinking”; the search for the meaning of what is presented and the subject studied as something that amazes, which opens up in the classroom a willingness to think about what is shown in the activity. We conclude, therefore, that students, when invited to develop an activity that instigates thinking, question, elaborate, test and validate hypotheses, are moved by the discoveries, that is, they launch themselves into a movement, where they find the unthought and the thinkable, that “gives itself to thinking”, when they are interested in thinking.



Resumo Espanhol:

Este artículo tiene como objetivo discutir cómo un trabajo con Tecnologías Digitales (DT) que presenta una actividad de investigación puede crear posibilidades para el pensamiento en las clases de Matemática. Presentamos este 'pensar' desde la teoría de Heidegger. El trabajo lleva la discusión a los cursos de formación docente, donde propone que la apertura a la investigación, la discusión y la creación pueda darse en cada una de sus disciplinas, no solo en aquellas directamente relacionadas con el área pedagógica. El trabajo, que se desarrolla a partir de una investigación cualitativa con enfoque fenomenológico, propone una actividad, enfocándose en el Teorema Fundamental del Cálculo, tema importante para el Cálculo Diferencial e Integral. La actividad se desarrolló con estudiantes de la carrera de Matemáticas. Los datos para este trabajo se obtuvieron a través del análisis de las discusiones de uno de los grupos de estudiantes. Del marco teórico estudiado sobre el pensar en Heidegger y de los datos analizados, percibimos: el movimiento, es decir, lo impensado y lo pensable, que “se da al pensar”; la búsqueda del sentido de lo que se presenta y del tema estudiado como algo que asombra, lo que abre en el aula una disposición a pensar lo que se muestra en la actividad. Concluimos, por tanto, que los estudiantes, cuando se les invita a desarrollar una actividad que los incite a pensar, cuestionar, elaborar, contrastar y validar hipótesis, son movidos por los descubrimientos, es decir, se lanzan a un movimiento, donde encuentran lo impensado y lo pensable, que “se da a pensar”, cuando están interesados ​​en pensar.



Resumo Francês:

Cet article vise à discuter comment un travail avec les Technologies Numériques (DT) qui présente une activité d'investigation peut créer des possibilités de réflexion dans les cours de Mathématiques. Nous présentons cette « pensée » issue de la théorie de Heidegger. L'ouvrage amène la discussion aux cours de formation des enseignants, où il propose que l'ouverture à l'investigation, à la discussion et à la création puisse avoir lieu dans chacune de ses disciplines, et pas seulement dans celles directement liées au domaine pédagogique. Le travail, qui est développé à partir d'une recherche qualitative avec une orientation phénoménologique, propose une activité, axée sur le théorème fondamental du calcul, un sujet important pour le calcul différentiel et intégral. L'activité a été développée avec des étudiants d'un cursus de Mathématiques. Les données de ce travail ont été obtenues par l'analyse des discussions d'un des groupes d'étudiants. Du cadre théorique étudié sur la pensée chez Heidegger et des données analysées, on perçoit : le mouvement, c'est-à-dire l'impensé et le pensable, qui « se donne à penser » ; la recherche du sens de ce qui est présenté et du sujet étudié comme quelque chose qui étonne, qui ouvre en classe une volonté de réflexion sur ce qui est montré dans l'activité. Nous concluons donc que les élèves, lorsqu'ils sont invités à développer une activité qui suscite la réflexion, interrogent, élaborent, testent et valident des hypothèses, sont émus par les découvertes, c'est-à-dire qu'ils se lancent dans un mouvement, où ils trouvent l'impensé et le pensable, qui « se donne à penser », quand ils s'intéressent à penser.