Reflexões sobre a saúde docente no contexto de mercantilização do ensino superior

Revista Docência do Ensino Superior

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ISSN: 22375864
Editor Chefe: Zulmira Medeiros
Início Publicação: 30/09/2011
Periodicidade: Anual
Área de Estudo: Ciências Agrárias, Área de Estudo: Ciências Biológicas, Área de Estudo: Ciências da Saúde, Área de Estudo: Ciências Exatas, Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Ciências Sociais Aplicadas, Área de Estudo: Engenharias, Área de Estudo: Linguística, Letras e Artes, Área de Estudo: Multidisciplinar

Reflexões sobre a saúde docente no contexto de mercantilização do ensino superior

Ano: 2016 | Volume: 6 | Número: 1
Autores: Daniel Alberto Santos e Santos, Caroline Almeida de Azevedo, Tânia Maria de Araújo, Jorgana Fernanda de Souza Soares
Autor Correspondente: Daniel Alberto Santos e Santos | [email protected]

Palavras-chave: Saúde, Docente, Ensino superior, Mercantilização

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

As modificações sociopolíticas e econômicas intensificadas a partir da década de 1990 produziram diversas mudanças no âmbito do trabalho docente. O modelo de organização passou a exigir maior produtividade e qualificação profissional cada vez mais especializada, com base na acentuação do trabalho, provocando, assim, o surgimento de novas atribuições, as quais vêm repercutido negativamente na saúde desses profissionais. Nesse cenário, os docentes passam a conviver com um ambiente precarizado, regido pela lógica empresarial, levando a situações de sobrecarga, de estresse e de competição, além de fragilizar as relações interpessoais e dificultar o uso adequado do tempo livre, aspectos esses que comprometem a qualidade de vida dos docentes. Nesse contexto, e entendendo que a forma como as condições de trabalho são estruturadas desempenha papel crucial no processo saúde-doença ocupacional, o presente ensaio teórico tem como finalidade problematizar o processo de mercantilização nas universidades brasileiras e os efeitos desse processo na saúde docente.

Resumo Inglês:

The sociopolitical and economic changes intensified from the 90s produced several changes in the teaching work. Its organization model has required higher productivity and even more specialized professional qualification (work intensification), thus stimulating the emerging of new attributions. Such assignments have negatively reflected on these professionals’ health. Within this framework, the faculty began to live in environments based on the business logic, with bad working conditions, leading them to situations of overworking, stress and competition, besides weakening the interpersonal relations and crippling the adequate use of free time. Such aspects spoil the faculty’s life quality. In this context, and understanding that the way working conditions are set has a crucial role in the occupational health-disease process, the present paper aims to highlight the commodification process in the Brazilian universities and its effects on teachers’ health.