QUALIDADE DE VIDA EM AMBIENTE UNIVERSITÁRIO: A PERCEPÇÃO DOS ESTUDANTES DE MEDICINA DA FAMINAS MURIAÉ

Pensar Acadêmico

Endereço:
Avenida Getúlio Vargas - Coqueiro
Manhuaçu / MG
36900-350
Site: https://unifacig.edu.br/servicos/publicacoes/
Telefone: (33) 3339-5500
ISSN: 18086136
Editor Chefe: Arthur Zanuti Franklin
Início Publicação: 30/06/2011
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Ciências Agrárias, Área de Estudo: Ciências Biológicas, Área de Estudo: Ciências da Saúde, Área de Estudo: Ciências Exatas, Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Ciências Sociais Aplicadas, Área de Estudo: Engenharias, Área de Estudo: Linguística, Letras e Artes, Área de Estudo: Multidisciplinar

QUALIDADE DE VIDA EM AMBIENTE UNIVERSITÁRIO: A PERCEPÇÃO DOS ESTUDANTES DE MEDICINA DA FAMINAS MURIAÉ

Ano: 2022 | Volume: 20 | Número: 2
Autores: MATEUS VALLE DE MELO POSSA, MARIA CLARA LOPES FERREIRA, PAULA FIGUEIREDO MORETZSOHN, VINICIUS FERREIRA LACERDA, ALEXANDRE HORÁCIO COUTO BITTENCOURT
Autor Correspondente: MATEUS VALLE DE MELO POSSA | [email protected]

Palavras-chave: Estudantes de Medicina; Qualidade de Vida; Saúde Mental.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O ingresso do jovem na universidade representa uma transição complexa da adolescência para a vida adulta, sendo carregada de problemas psicológicos que afetam a qualidade de vida. É sabido que o número de pessoas diagnosticadas com transtornos mentais passou por um grande crescimento e acredita-se que a sua prevalência no ensino superior chegue a 25%. Questões como a transição para a vida adulta, a saída da casa dos pais, pressões acadêmicas, problemas sociais e financeiros corroboram na gênese do processo. Assim, o objetivo do presente trabalho foi analisar a percepção dos acadêmicos de medicina da Faminas Muriaé frente à qualidade de vida em ambiente universitário. Trata-se de uma pesquisa descritiva, de abordagem quantitativa e de delineamento transversal, com 115 estudantes, na qual foram utilizados dois questionários: WHOQOL-bref e a Escala de Bem-Estar Subjetivo. A análise dos dados mostrou que, embora mais de 50% dos participantes considere sua qualidade de vida boa ou muito boa, 73,04% já apresentou alguma dificuldade significativa ou crise emocional que interferiu no desempenho acadêmico. Além disso, 35,65% dos estudantes mostrou não ter energia suficiente e 59,12% necessita de algum tipo de tratamento médico para realizar as atividades diárias. Também cabe destacar a pouca disponibilidade para atividade de lazer, além da insatisfação com o sono e alta frequência de sentimentos negativos. O quesito mais bem avaliado foi acerca do meio ambiente, através da satisfação com os meios de transporte, saúde e moradia. Assim, os dados mostram que os participantes possuem um comprometimento da sua qualidade de vida, sendo a saúde mental negligenciada em detrimento das atividades acadêmicas. Torna-se claro também a indispensabilidade de estudos complementares posteriores, além de intervenções psicossociais a fim de gerar profissionais capazes de zelar pela vida de seus pacientes. 



Resumo Inglês:

The admission of young people to university represents a complex transition from adolescence to adulthood, being fraught with psychological problems that affect quality of life. It is known that the number of people diagnosed with mental disorders has experienced great growth and it is believed that its prevalence in higher education reaches 25%. Issues such as the transition to adulthood, leaving the parents' house, academic pressures, social and financial problems corroborate the genesis of the process. Thus, the aim of this study was to analyze the perception of medical students at Faminas Muriaé regarding quality of life in a university environment. This is a descriptive research, with a quantitative approach and a cross-sectional design, with 115 students, in which two questionnaires were used: WHOQOL-bref and the Subjective Well-Being Scale. Data analysis showed that, although more than 50% of the participants considered their quality of life to be good or very good, 73.04% had already had some significant difficulty or emotional crisis that interfered with academic performance. In addition, 35.65% of students did not have enough energy and 59.12% needed some type of medical treatment to carry out daily activities. It is also worth highlighting the lack of availability for leisure activities, in addition to dissatisfaction with sleep and the high frequency of negative feelings. The most highly rated item was about the environment, through satisfaction with the means of transport, health and housing. Thus, the data show that the participants have a compromised quality of life, with mental health being neglected to the detriment of academic activities. It is also clear the indispensability of further complementary studies, in addition to psychosocial interventions in order to generate professionals capable of taking care of their patients' lives.