O QUE É SER CIENTISTA PARA ESTUDANTES DE PEDAGOGIA?

Revista de Estudos em Educação e Diversidade

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ISSN: 2675-6889
Editor Chefe: Lúcia Gracia Ferreira Trindade, Rita de Cássia S. N. Ferraz e Roselane Duarte Ferraz
Início Publicação: 01/07/2020
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Ciências Biológicas, Área de Estudo: Ciências da Saúde, Área de Estudo: Ciências Exatas, Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Ciências Sociais Aplicadas, Área de Estudo: Linguística, Letras e Artes, Área de Estudo: Multidisciplinar

O QUE É SER CIENTISTA PARA ESTUDANTES DE PEDAGOGIA?

Ano: 2022 | Volume: 3 | Número: 7
Autores: Felipe da Costa Negrão1Alexandra Nascimento de Andrade2Priscila Eduarda Dessimoni Morhy
Autor Correspondente: Felipe da Costa Negrão | [email protected]

Palavras-chave: Ciência. Formação Inicial. Representações Sociais.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Esse artigo tem o objetivo de discutir as representações imagéticas do ser cientista de estudantes do curso de Pedagogia através da aplicação da atividade “a minha percepção do ser cientista” com nove discentes matriculados na disciplina “Conteúdo e Metodologia do Ensino de Ciências”. No viés metodológico, essa pesquisa qualitativa utilizou-se das representações sociais por meio do desenho e das narrativas escritas dos sujeitos participantes. O movimento de análise, ancorou-se em Bardin (2016), evidenciando três categorias a partir dos dados coletados, a saber: a) cientista herói; b) cientista de laboratório; e c) a mulher na ciência. Os resultados denunciam a visão estereotipada do cientista, associando-o, majoritariamente, ao ambiente laboratorial e com atributos hercúleos, de modo que, por meio das análises, acreditamos que tal compreensão pode estar vinculada a ênfase midiática dada a essa face do cientista. Além disso, o trabalho identificou a pouca representação da mulher cientista nos desenhos dos graduandos, desvelando questões históricas e sociais que marcam a trajetória e a disparidade de gênero na ciência. Sendo assim, o estudo traz elementos importantes para novas investigações e discussões no âmbito da formação de professores, especialmente, sobre as práticas, áreas de atuação e multifaces do ser cientista.

Resumo Inglês:

This article must discuss the imagery representations of being a scientist by students of the Pedagogy course through the application of the activity “my perception of being a scientist” with nine students enrolled in the discipline “Content and Methodology of Science Teaching.” In the methodological perspective, this qualitative research used social representations through the drawing and written narratives of the participating subjects. The analysis movement was anchored in Bardin (2016), showing three categories from the collected data, namely: a) hero scientist; b) laboratory scientist;and c) the woman in science. The results denounce the stereotyped view of the scientist, associating him, mostly, to the laboratory environment and with extraordinary attributes, so that, through the analysis, we believe that such an understanding may be linked to the media emphasis given to this face of the scientist. In addition, the work identified the low representation of the woman scientist in the undergraduates' drawings, revealing historical and social issues that mark the trajectory and gender disparity in science. Therefore, the study brings essential elements for new investigations and discussions in the context of teacher training, especially on the practices,areas of activity and the multifaceted nature of being a scientist.



Resumo Espanhol:

Este artículo tiene como objetivo discutir las representaciones imaginarias de ser científico por estudiantes del curso de Pedagogía a través de la aplicación de la actividad “mi percepción de ser científico” con nueve estudiantes matriculados en la disciplina “Contenidos y Metodología de la Enseñanza de las Ciencias”. En la perspectiva metodológica, esta investigación cualitativa utilizó representaciones sociales a través del dibujo y las narrativas escritas de los sujetos participantes. El movimiento de análisis se ancló en Bardin (2016), mostrando tres categorías de los datos recopilados, a saber: a) héroe científico; b) la científica de laboratorio; y c) la mujer en la ciencia. Los resultados denuncian la visión estereotipada del científico, asociándolo, mayoritariamente, al ambiente de laboratorio y con atributos hercúleos, por lo que, a través del análisis, creemos que tal comprensión puede estar ligada al énfasis mediático dado a esta cara del científico. Además, el trabajo identificó la baja representación de la mujer científica en los dibujos de los estudiantes de grado, revelando cuestiones históricas y sociales que marcan la trayectoria y la disparidad de género en la ciencia. Por lo tanto, el estudio trae elementos importantes para nuevas investigaciones y discusiones en el contexto de la formación docente, especialmente sobre las prácticas, áreas de actuacióny la naturaleza multifacética del ser científico.