O PAPEL DO MOVIMENTO FEMINISTANA RADICALIZAÇÃO DA DEMOCRACIA

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ISSN: 25258036
Editor Chefe: Lucas Antônio Nogueira Rodrigues
Início Publicação: 31/05/2016
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: História, Área de Estudo: Direito, Área de Estudo: Serviço social, Área de Estudo: Multidisciplinar, Área de Estudo: Multidisciplinar

O PAPEL DO MOVIMENTO FEMINISTANA RADICALIZAÇÃO DA DEMOCRACIA

Ano: 2022 | Volume: 7 | Número: 1
Autores: K. Kozicki, M. Bonatto
Autor Correspondente: K. Kozicki | [email protected]

Palavras-chave: Democracia radical; Feminismo; Identidades políticas.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O objetivo do presente trabalho é verificar a possibilidade da construção de um projeto democrático radical feminista. Longe de ser um conceito estático e universal, a democracia pode ser concebida de diferentes formas e analisada de acordo com diferentes perspectivas. O trabalho assume a democracia liberal como modelo hegemônico na modernidade para destacar que esse modelo, por sua vez, tem se mostrado insuficiente para abarcar a pluralidade inerente a vida em sociedade e garantir direitos a todas e a todos. Considerando a necessidade de extensão dos princípios básicos da democracia liberal, quais sejam, liberdade e igualdade, o trabalho parte de uma premissa normativa para demonstrar a potencialidade do modelo de democracia radical nesse sentido. Adota-se como marco teórico a ideia de democracia radical de Chantal Mouffe. Partindo de uma premissa normativa de radicalização da democracia, pretende-se demonstrar as contribuições das teorias políticas e democráticas feministas para esse projeto, bem como o papel das minorias, marcadamente as de gênero. É em virtude da necessidade de construção de uma ordem mais democrática e menos excludente que se faz necessário afastar perspectivas essencialistas da democracia e radicalizá-la.



Resumo Inglês:

This work’s intent is to verify whether the construction of a radical democratic feminist project is possible. Far from being a static and universal concept, democracy may be thought of in different ways and analyzed in accordance with different perspectives. This work presupposes liberal democracy as the hegemonic model in modernity in order to highlight that that model, at its turn, has proven itself insufficient as a vessel to the plurality implicit in social life, and in ensuring rights for everyone. Considering a need for extending liberal democracy’s basic principles, freedom and equality, this work starts with a normative premise in order to demonstrate the potentiality of the radical democratic model in that sense. Chantal Mouffe’s notion of radical democracy is employed as a theoretical framework. Starting from a normative premise of radicalization of democracy, this work intends to demonstrate the contributions of feminist democratic and political theory towards that goal, and also the role played by minorities, especially gender minorities. Since there is a need for constructing a more democratic and less excluding order, it is also necessary to move away from essentialist perspectives on democracy, radicalizing democracy.