O aparente paradoxo democrático: reflexões entre a lucidez e a cegueira do ódio à democracia.

REVISTA DE CIÊNCIAS DO ESTADO - REVICE

Endereço:
Avenida João Pinheiro, nº 100, Centro.
Belo Horizonte / MG
30130-180
Site: https://seer.ufmg.br/index.php/revice/index
Telefone: (31) 3409-8620
ISSN: 25258036
Editor Chefe: Lucas Antônio Nogueira Rodrigues
Início Publicação: 31/05/2016
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: História, Área de Estudo: Direito, Área de Estudo: Serviço social, Área de Estudo: Multidisciplinar, Área de Estudo: Multidisciplinar

O aparente paradoxo democrático: reflexões entre a lucidez e a cegueira do ódio à democracia.

Ano: 2018 | Volume: 3 | Número: 1
Autores: Ana Martina Baron Engerroff, Luana Do Rocio Taborda
Autor Correspondente: Ana Martina Baron Engerroff | [email protected]

Palavras-chave: democracia, ensaio sobre a lucidez, ódio à democracia

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Neste artigo propomo-nos discutir a polissemia da democracia, uma vez que a expressão tem sido utilizada indiscriminadamente para justificar argumentos e ações que, a princípio, não seriam do cerne democrático. Tomando como mote o “Ensaio sobre a Lucidez” de José Saramago (2005), levantamos a questão do aparente paradoxo da democracia: bradada como o símbolo de soberania popular, esta soberania está longe de ser efetivada, servindo-se do regime político para poucos. A partir da apresentação da obra literária, é possível, primeiro, apresentar o argumento do paradoxo para, no segundo ponto, iluminar a reflexão demonstrando que este paradoxo é, na verdade, somente aparente, porque o que está em jogo não é a democracia em si, mas é o ódio a ela, conforme apresentado por Jacques Rancière (2014).



Resumo Inglês:

In this article we propose to discuss the polysemy of democracy, since the expression has been used indiscriminately to justify arguments and actions that, at first, would not be of the democratic core. Taking the "Essay on Lucidity" by José Saramago (2005) as a motto, we raise the question of the apparent paradox of democracy: blasted as the symbol of popular sovereignty, this sovereignty is far from being effective, using the political regime as a government for the few. From the presentation of the literary work, it is possible first to present the argument of the paradox in order to illuminate the reflection so, in the second point, showing that this paradox is in fact only apparent, because what is at stake is not democracy as it is, but the hatred of it, as presented by Jacques Rancière (2014).