NARRATIVA DE VÍTIMAS, IMPUNIDADE E RELIGIOSIDADE DA CLASSE MÉDIA NO URUGUAI: POSSÍVEIS IMPUGNAÇÕES AO CAMPO DA MEMÓRIA E DOS DIREITOS HUMANOS.

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ISSN: 1982-5374
Editor Chefe: AUGUSTO SARMENTO-PANTOJA
Início Publicação: 15/01/2004
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Ciências Sociais Aplicadas, Área de Estudo: Linguística, Letras e Artes, Área de Estudo: Multidisciplinar

NARRATIVA DE VÍTIMAS, IMPUNIDADE E RELIGIOSIDADE DA CLASSE MÉDIA NO URUGUAI: POSSÍVEIS IMPUGNAÇÕES AO CAMPO DA MEMÓRIA E DOS DIREITOS HUMANOS.

Ano: 2021 | Volume: 15 | Número: 25
Autores: Natalia MONTEALEGRE
Autor Correspondente: Natalia MONTEALEGRE | [email protected]

Palavras-chave: Impunidade, Direitos Humanos, Segunda Geração, Uruguai.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este artigo aprofunda alguns aspectos das relações entre impunidade, classe média e religiosidade no Uruguai a partir da narrativa pública de um filho de desaparecidos políticos, autor best seller, terapeuta gestáltico e neoxamã uruguaio. Interessa sua produção de caráter autobiográfico porque permite adentrar-se em alguns aspectos dilemáticos que contestam o senso comum em torno dos conceitos de memória e justiça, compartilhados no campo da memória e dos direitos humanos, de uma perspectiva que alerta sobre a forma em que o ethos do conforto individual pode impactar em diversos âmbitos. Este texto, escrito no contexto de uma pandemia mundial, contribui para a reflexão sobre as consequências potenciais do desenvolvimento de universos de sentido sobre os pilares do individualismo e a autonomia, e sua potencial oposição à universalidade dos direitos humanos. Ao mesmo tempo, ele evidencia o entrecruzamento entre religiosidade e política no Cone Sul através da narrativa de uma vítima, integrante da segunda geração, que constrói um projeto biográfico que torna possível a formação de uma família feliz.



Resumo Inglês:

This article delves into some aspects of the relationship between impunity, middle class and religion in Uruguay, based on the public narrative of a group of disappeared detainees, bestselling author, gestalt therapist and Uruguayan neochamán. Its production of an autobiographical nature is of interest, because it allows us to enter into some dilemmatic aspects that challenge the common sense around concepts of memory and justice, shared in the field of memory and human rights, from a perspective that provides insight into how it can impact in different areas the ethos of individual comfort. Written in the context of a world pandemic, this text contributes to a reflection on the potential consequences of the development of universes of meaning on the pillars of individualism and autonomy, and their potential opposition to the universality of human rights. At the same time, it highlights the intersection between religion and politics in the Southern Cone through the narrative of a victim -member of the second generation-, who builds a biographical project that makes possible the formation of a happy family.