Memórias do Batalhão de Lagoa: prática cultural das comunidades rurais do Sertão de Alagoas

Revista Ibero-America de Estudos em Educação

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ISSN: 1982-5587
Editor Chefe: José Luís Bizelli
Início Publicação: 31/12/2005
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Ciências Biológicas, Área de Estudo: Ciências da Saúde, Área de Estudo: Ciências Exatas, Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Antropologia, Área de Estudo: Ciência política, Área de Estudo: Educação, Área de Estudo: Filosofia, Área de Estudo: Geografia, Área de Estudo: História, Área de Estudo: Psicologia, Área de Estudo: Sociologia, Área de Estudo: Ciências Sociais Aplicadas, Área de Estudo: Engenharias, Área de Estudo: Linguística, Letras e Artes, Área de Estudo: Multidisciplinar

Memórias do Batalhão de Lagoa: prática cultural das comunidades rurais do Sertão de Alagoas

Ano: 2020 | Volume: 15 | Número: 2
Autores: Jailson Costa da Silva, Marinaide Lima de Queiroz Freitas
Autor Correspondente: Jailson Costa da Silva | [email protected]

Palavras-chave: Prática cultural, Tradição, Memória, Sertão de Alagoas.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este texto enfatiza o Batalhão de Lagoa, que se caracterizava como uma prática cultural do sertanejo que agregava o cultivo do arroz nas lagoas formadas pelo Rio São Francisco, nas épocas em que as águas eram abundantes. É um recorte de uma pesquisa mais ampla, que utiliza a História oral (ALBERTI, 2008; BOSI, 1994), e integra o Núcleo de Memória da Educação de Jovens e Adultos. Neste recorte apresentamos a memória do referido Batalhão, por meio de narrativas memorialísticas advindas de fontes orais e visuais de um interlocutor, que testemunhou as práticas culturais do Batalhão de Lagoa; dentro das ações do Programa Mobral Cultural, desenvolvidas na zona rural do Município de Pão de Açúcar – sertão de Alagoas. As narrativas foram colhidas por meio de entrevistas e fotografias Cartier-Bresson (1971), Guran, (2011) e Leite (1993). Os dados mostraram que mesmo em meio à forte carga ideológica da Ditadura civil-militar do golpe de 1964, os sujeitos sertanejos agiram enquanto praticantes culturais, demonstrando a resistência das comunidades tradicionais na tentativa de conservarem seus costumes e tradições.



Resumo Inglês:

This text emphasizes the Batalhão of Lagoa that was characterized as a cultural practice of sertanejo and added the cultivation of rice in lagoons formed by São Francisco River, in times when waters were abundant. It is a part of a wider research that uses Oral History (ALBERTI, 2008; BOSI, 1994) and integrates the Memory Core of Youth and Adult Education. In this section we present the memory of this Batalhão, through memorialistic narratives from oral and visual sources of an interlocutor, who witnessed cultural practices of Batalhão of Lagoa, within actions of Mobral Cultural Program, developed in rural area of Municipality of Pão de Açúcar - sertão of Alagoas. The narratives were collected through interviews and photographs (CARTIER-BRESSON, 1971; GURAN, 2011; LEITE, 1993). The data showed that even in midst of a strong ideological charge of Civil-Military Dictatorship of 1964 coup, the sertanejos subjects acted as cultural practitioners, demonstrating resistance of traditional communities in an attempt to preserve their customs and traditions.



Resumo Espanhol:

Este texto enfatiza el Batallón de la laguna que se caracterizaba como una práctica cultural del sertanejo y agregaba el cultivo del arroz en las lagunas formadas por el Río São Francisco, en las épocas en que las aguas eran abundantes. Es un recorte de una investigación más amplia, que utiliza la Historia oral (ALBERTI, 2008; BOSI, 1994), e integra el Núcleo de Memoria de la Educación de Jóvenes y Adultos. En este recorte presentamos a la memoria del referido Batallón, por medio de narrativas memorialísticas provenientes de fuentes orales y visuales de un interlocutor, que testimonió las prácticas culturales del Batallón de la laguna, dentro de las acciones del Programa Mobral Cultural, desarrolladas en la zona rural del Municipio de Pão de Açúcar - sertón de Alagoas. Las narrativas fueron recogidas por medio de entrevistas y fotografías Cartier-Bresson (1971), Guran, (2011) y Leche (1993). Los datos mostraron que incluso ante la fuerte carga ideológica de la Dictadura civil-militar del golpe de 1964, los sujetos sertanejos actuaron como practicantes culturales, demostrando la resistencia de las comunidades tradicionales en el intento de conservar sus costumbres y tradiciones.