O artigo trata das fake news, ou notícias falsas, e sua relação com os direitos e liberdades ligados à livre manifestação do pensamento, no âmbito do Estado Democrático de Direito. Quanto à sua abordagem, a pesquisa pode ser classificada como qualitativa, cujo objetivo foi avaliar, com auxílio do método dialético e outros auxiliares, a relação entre democracia, liberdade de expressão e notícias falsas, bem como estudar a responsabilidade dos atores e provedores de internet na sua disseminação. A análise foi feita em três etapas: primeiro, mediante estudo do papel da mídia no processo democrático, onde ficou estabelecida a importância das liberdades relacionadas à livre manifestação do pensamento e o papel fundamental que a mídia empenha na formação da opinião pública, o que pode influenciar nos rumos de uma sociedade. Em seguida, cuidou das notícias falsas, fenômeno majorado pela utilização das mídias digitais e que pode provocar danos à democracia. Concluiu-se pela necessidade da definição de limites à liberdade de expressão, com mecanismos de controle da disseminação desenfreada de notícias falsas, seja por meio de regulação estatal ou mesmo mediante ações de conscientização, sem olvidar da necessidade de cautela para que, com o intuito de proteger certos direitos fundamentais, não se acabe enfraquecendo outros, como a liberdade de expressão. Por fim, tratou da responsabilidade pela propagação de notícias falsas, para concluir que o fenômeno das fake news pode não ser a principal causa do risco à democracia, mas sim consequência de um problema maior.
The paper analyzes the phenomenon of fake news and its relation to the rights and freedoms tied to free expression within the framework of the Democratic State of Law. Classified as qualitative, the research employs the dialectical method and complementary approaches to examine the connections between democracy, freedom of expression, and the spread of disinformation, while also addressing the responsibility of internet actors and providers. It begins with a study of the media's role in the democratic process, highlighting how freedom of thought and the press are essential for shaping public opinion and influencing societal directions. It then discusses how fake news, intensified by digital media, poses a threat to democratic stability. The study concludes that while it is necessary to establish limits on freedom of expression to curb the unchecked dissemination of disinformation—via state regulation or public awareness—such measures must be carefully balanced to avoid undermining fundamental rights like free speech. Ultimately, it asserts that fake news may not be the root cause of democratic erosion, but rather a symptom of deeper structural issues.
El artículo aborda las fake news, o noticias falsas, y su relación con los derechos y libertades vinculados a la libre manifestación del pensamiento, en el contexto del Estado Democrático de Derecho. En cuanto a su enfoque, la investigación puede clasificarse como cualitativa, con el objetivo de evaluar, utilizando el método dialéctico y otros auxiliares, la relación entre democracia, libertad de expresión y noticias falsas, así como estudiar la responsabilidad de los actores y proveedores de internet en su propagación. El análisis se realizó en tres etapas: primero, mediante el estudio del papel de los medios de comunicación en el proceso democrático, donde se destacó la importancia de las libertades relacionadas con la libre manifestación del pensamiento y el papel fundamental que los medios desempeñan en la formación de la opinión pública, lo que puede influir en el rumbo de una sociedad. A continuación, se abordaron las noticias falsas, un fenómeno exacerbado por el uso de los medios digitales y que puede dañar la democracia. Se concluyó la necesidad de establecer límites a la libertad de expresión, con mecanismos para controlar la propagación desenfrenada de noticias falsas, ya sea a través de regulación estatal o mediante acciones de concienciación, sin olvidar la necesidad de precaución para proteger ciertos derechos fundamentales sin debilitar otros, como la libertad de expresión. Finalmente, se trató la responsabilidad por la propagación de noticias falsas, concluyendo que el fenómeno de las fake news puede no ser la principal causa del riesgo para la democracia, sino más bien una consecuencia de un problema más amplio.