Labirintos da linguagem: jogos de linguagem como meio de ação em atividades de modelagem matemática

Educação Matemática Pesquisa

Endereço:
Rua Marquês de Paranaguá - 111 - Consolação
São Paulo / SP
01303050
Site: https://revistas.pucsp.br/emp
Telefone: (11) 9244-8536
ISSN: 19833156
Editor Chefe: Saddo Ag Almouloud
Início Publicação: 04/02/1999
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Matemática, Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Educação, Área de Estudo: Multidisciplinar, Área de Estudo: Multidisciplinar

Labirintos da linguagem: jogos de linguagem como meio de ação em atividades de modelagem matemática

Ano: 2022 | Volume: 24 | Número: 2
Autores: Lourdes Maria Werle Almeida, Emerson Tortola
Autor Correspondente: Lourdes Maria Werle Almeida | [email protected]

Palavras-chave: Filosofia da Educação Matemática, Modelagem Matemática, Jogos de Linguagem, Wittgenstein

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O propósito deste artigo é refletir sobre o funcionamento da linguagem expresso nos jogos de linguagem em atividades de modelagem matemática. A reflexão se pauta, para além de um quadro teórico relativo às considerações do filósofo Ludwig Wittgenstein, nos encaminhamentos dos alunos em uma atividade de modelagem desenvolvida em uma disciplina de Modelagem Matemática por alunos do sétimo período de um curso de Licenciatura em Matemática. Os dados são provenientes dos relatórios dos alunos e de notas de aula do professor. A análise da atividade, seguindo uma atitude terapêutica, como se lê na filosofia segundo Wittgenstein, por um lado, nos leva a ponderar que atividades de modelagem nos desvencilham da imposição de jogos de linguagem frequentemente praticados nas aulas de matemática, possibilitando jogos de linguagem que atuam como forma de organizar nossas experiências com o mundo por meio da matemática. Por outro lado, a modelagem matemática na sala de aula pode se organizar por jogos de linguagem que pouco nos livram de uma matemática fundamentalista, nos aprisionando em um conjunto de regras em que seguimos etapas associadas a uma atividade de modelagem, mas pouco nos desviamos da linguagem simbólica reconhecidamente aceita em uma forma de vida, não deixando fluir o conhecimento e a imprevisibilidade dos jogos de linguagem, como menciona Wittgenstein.



Resumo Inglês:

The purpose of this article is to reflect on the functioning of language expressed in language games in mathematical modeling activities. The reflection is guided, in addition to a theoretical framework related to the considerations of the philosopher Ludwig Wittgenstein, in the referrals of students in a modeling activity developed in a Mathematical Modeling discipline by students of the seventh period of a Degree in Mathematics. Data comes from student reports and teacher lecture notes. The analysis of the activity, following a therapeutic attitude, as one reads in philosophy according to Wittgenstein, on the one hand, leads us to consider that modeling activities free us from the imposition of language games frequently practiced in mathematics classes, enabling language games that act as a way of organizing our experiences with the world through mathematics. On the other hand, mathematical modeling in the classroom can be organized by language games that do little to free us from fundamentalist mathematics, imprisoning us in a set of rules in which we follow steps associated with a modeling activity, but do not deviate from the symbolic language admittedly accepted in a way of life, not allowing knowledge and the unpredictability of language games to flow, as mentioned by Wittgenstein.



Resumo Espanhol:

El propósito de este artículo es reflexionar sobre el funcionamiento del lenguaje expresado en juegos de lenguaje en actividades de modelación matemática. La reflexión se orienta, además de un marco teórico relacionado con las consideraciones del filósofo Ludwig Wittgenstein, en las referencias de los estudiantes en una actividad de modelado desarrollada en una disciplina de Modelado Matemático por estudiantes del séptimo período de la Licenciatura en Matemáticas. Los datos provienen de los informes de los estudiantes y las notas de clase de los maestros. El análisis de la actividad, siguiendo una actitud terapéutica, como se lee en la filosofía según Wittgenstein, por un lado, nos lleva a considerar que las actividades de modelado nos liberan de la imposición de los juegos de lenguaje frecuentemente practicados en las clases de matemáticas, posibilitando juegos de lenguaje que actuar como una forma de organizar nuestras experiencias con el mundo a través de las matemáticas. Por otro lado, la modelación matemática en el aula puede organizarse mediante juegos de lenguaje que hacen poco para liberarnos de las matemáticas fundamentalistas, aprisionándonos en un conjunto de reglas en las que seguimos pasos asociados con una actividad de modelación, pero sin desviarnos de la misma. el lenguaje simbólico reconocido como una forma de vida, no dejando fluir el conocimiento y la imprevisibilidad de los juegos de lenguaje, como menciona Wittgenstein.



Resumo Francês:

L'objet de cet article est de réfléchir sur le fonctionnement du langage exprimé dans les jeux de langage dans les activités de modélisation mathématique. La réflexion est guidée, en plus d'un cadre théorique lié aux considérations du philosophe Ludwig Wittgenstein, dans les références d'étudiants dans une activité de modélisation développée dans une discipline de modélisation mathématique par des étudiants de la septième période d'un baccalauréat en mathématiques. Les données proviennent des rapports des étudiants et des notes de cours des enseignants. L'analyse de l'activité, suivant une attitude thérapeutique, telle qu'on la lit en philosophie selon Wittgenstein, d'une part, conduit à considérer que les activités de modélisation nous libèrent de l'imposition des jeux de langage fréquemment pratiqués dans les cours de mathématiques, permettant des jeux de langage qui agir comme un moyen d'organiser nos expériences avec le monde à travers les mathématiques. D'autre part, la modélisation mathématique en classe peut être organisée par des jeux de langage qui ne nous libèrent guère des mathématiques fondamentalistes, nous emprisonnant dans un ensemble de règles dans lesquelles nous suivons des étapes associées à une activité de modélisation, mais ne dérogeons pas à la langage symbolique certes accepté dans un mode de vie, ne laissant pas couler le savoir et l'imprévisibilité des jeux de langage, comme l'évoquait Wittgenstein.