Entre naturalizações e desassossegos: educando para tolerar o intolerável?

Revista on line de Política e Gestão Educacional

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ISSN: 1519-9029
Editor Chefe: Sebastião de Souza Lemes; Ricardo Ribeiro; José Anderson Santos Cruz
Início Publicação: 31/12/2000
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Antropologia, Área de Estudo: Ciência política, Área de Estudo: Educação, Área de Estudo: Filosofia, Área de Estudo: História, Área de Estudo: Psicologia, Área de Estudo: Sociologia, Área de Estudo: Ciências Sociais Aplicadas, Área de Estudo: Administração, Área de Estudo: Serviço social, Área de Estudo: Linguística, Letras e Artes, Área de Estudo: Artes, Área de Estudo: Letras, Área de Estudo: Linguística, Área de Estudo: Multidisciplinar, Área de Estudo: Multidisciplinar

Entre naturalizações e desassossegos: educando para tolerar o intolerável?

Ano: 2018 | Volume: 22 | Número: Especial
Autores: Igor Vinicius Lima Valentim
Autor Correspondente: Igor Vinicius Lima Valentim | [email protected]

Palavras-chave: educação superior, autoetnografia, relações acadêmicas

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Três cenas escritas a partir de vivências em uma universidade pública, localizada muito, muito distante de nós. Com a atenção voltada ao cotidiano e às relações acadêmicas desenvolvidas, este texto busca questionar, provocar e incitar reflexões a respeito do que produzimos na universidade enquanto estudantes, docentes e técnicos. Acostumamo-nos a fazer parte de universidades que investigam e analisam... os outros! Mas damos pouca atenção àquilo que fazemos, ao modo como o fazemos e ao que nossas atitudes suscitam, estimulam e produzem. Apoiado em referenciais teóricos ligados à micropolítica e à subjetividade, este texto utiliza a autoetnografia como método. Com narrativas autoetnográficas interrogo em que medida as relações acadêmicas – compreendidas enquanto processos de subjetivação – podem contribuir para a naturalização de situações que ameaçam a saúde e colocam em perigo as vidas de docentes, estudantes, técnicos, funcionários e demais envolvidos na Academia. O que já naturalizamos e sequer questionamos? O que estimulamos com nossas atitudes e relações? Que modos de gerir a universidade construímos? O que esses modos de gerir a educação superior estimulam? Estamos educando para que se tolere o intolerável?



Resumo Inglês:

Three scenes written from experiences in a public university, located far, far away from us. With the attention focused on the daily academic life and on the academic relations developed, this text seeks to question, to provoke and to incite reflections about what we produce in the university as students, teachers and technicians. We get used to being part of universities that investigate and analyze ... others! But we pay little attention to what we do, to how we do it, and to what our attitudes elicit, stimulate, and produce. Based on theoretical concepts such as micropolitics and subjectivity, this text uses autoethnography as its method. With autoethnographic narratives I question the extent to which academic relations - understood as processes of subjectivation - can contribute to the naturalization of situations that threaten health and endanger the lives of teachers, students, technicians, employees and others involved in the Academy. What have we naturalized and do not even question? What do we stimulate with our attitudes and relationships? What ways of managing the university do we build? What do these modes Higher Education management stimulate? Are we educating to tolerate the intolerable?



Resumo Espanhol:

Tres escenas escritas a partir de vivencias en una universidad pública, ubicada en un lugar muy, muy lejos de nosotros. Con la atención orientada a lo cotidiano y a las relaciones académicas desarrolladas, este texto busca cuestionar, provocar y incitar reflexiones acerca de lo que producimos en la universidad como estudiantes, profesores y técnicos. Nos acostumbramos a participar de universidades que investigan y analizan ... los demás. Pero damos poca atención a lo que hacemos, al modo como lo hacemos y lo que nuestras actitudes suscitan, estimulan y producen. Apoyado en referenciales teóricos ligados a la micropolítica y a la subjetividad, este texto utiliza la autoetnografía como método. Con narrativas autoetnográficas interrogo en qué medida las relaciones académicas - comprendidas como procesos de subjetivación - pueden contribuir a la naturalización de situaciones que amenazan la salud y ponen en peligro las vidas de docentes, estudiantes, técnicos, funcionários y demás participantes de la Academia. ¿Qué ya naturalizamos y ni siquiera cuestionamos? ¿Qué estimulamos con nuestras actitudes y relaciones? ¿Qué modos de gestionar la universidad construimos? ¿Qué estimulan estos modos de gestionar la educación superior? ¿Estamos educando para que se tolere lo intolerable?