Na perspectiva da inclusão escolar a educação é direito de todos, e para garantir esse direito é preciso que a escola realize modificações para atender a diversidade de estudantes, e dentre estas está prevista a adaptação curricular, que consiste em diversificar a maneira de ensinar de acordo com as especificidades dos estudantes, ou seja, oferecer atividades que possibilitem aprendizagem de todos os conteúdos e conhecimentos previstos para a educação básica. Considerando a relevância da matemática no processo de ensino e aprendizagem e o atual cenário de inclusão escolar surgiu a inquietação: Como ensinar fração para estudantes cegos? E, a partir das interações e reflexões decorrentes da participação em um curso de extensão sobre o tema inclusão escolar desenvolvemos este relato de experiência que tem como objetivo descrever uma possibilidade de adaptação curricular para ensino de operações com frações para estudantes com cegueira. A adaptação curricular descrita foi desenvolvida considerando as características e especificidades de aprendizagem de pessoas com cegueira e do ensino de matemática de maneira contextualizada para desafiar e motivar estudantes a aprender por meio de situações problemas. A sequência de atividades descrita para o ensino de frações para pessoas cegas foi desenvolvida com recursos de baixo custo, demonstrando que adaptação curricular é possível, mas requer troca de informações, ideias e experiencias entre professores e profissionais que atuam na educação.
From the perspective of school inclusion, education is a right for everyone, and to guarantee this right, the school needs to make changes to carter for the diversity of students, and among these, curricular adaptation is foreseen, which consists of diversifying the way of teaching according to the specifics of the students, in other words, offer activities that enable learning of all the content and knowledge provided for basic education. Considering the relevance of mathematics in the teaching and learning process and the current scenario of school inclusion, the question emerged: How to teach fraction to blind students? From the interactions and reflections that emerged from the participation in an extension course on the theme of school inclusion, we developed this experience report that aims to describe a possibility of curricular adaptation for teaching operations with fractions for students with blindness. The curricular adaptation described was developed considering the characteristics and specificities of learning for people with blindness and of teaching mathematics in a contextualized way to challenge and motivate students to learn through problem situations. The sequence of activities described for teaching fractions to blind people was developed with low-cost resources, demonstrating that curricular adaptation is possible, but requires the exchange of information, ideas and experiences between teachers and professionals working in education.