A dor crônica é uma entidade nosológica que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, sendo um dos maiores problemas em saúde que enfrentamos. O Brasil, por suas características econômicas e de atenção à saúde tem alta prevalência da doença, além de apresentar déficits no tratamento. Sendo assim, o reconhecimento dessa doença, bem como sua classificação e adequado manejo na atenção primária e secundária se faz de suma importância. Foi realizada uma revisão bibliográfica narrativa das principais entidades especialistas no assunto e das bases de dados BVS, PubMed e Scielo. Baseado nos artigos de revisão, a dor crônica é tida como estímulo doloroso que se estende além do período da lesão e envolve um distúrbio nociceptivo e perdura por mais de 03 meses, com isso é importante identificar intensidade, percepção de qualidade, distribuição corporal e temporal da dor para assim fazer as melhores escolhas terapêuticas. Além disso, no tratamento é importante a definição de um plano terapêutico com metas bem estabelecidas com o paciente e a equipe multidisciplinar, fazendo com que o paciente compreenda a doença e suas flutuações tornando o manejo mais fácil e permitindo o compartilhamento de decisões o que torna-se crucial para o tratamento.