CHANGING BODIES IN “THE CITY OF PIRATES”: IS A “LAERTE” PEDAGOGY POSSIBLE TO SHAKE COLONIALITIES AND FASCISMS IMPOSED ON GENRES?

Margens

Endereço:
Rua Manoel de Abreu - Campus de Abaetetuba - Multirão
Abaetetuba / PA
66440-000
Site: https://periodicos.ufpa.br/index.php/revistamargens
Telefone: (91) 3201-7083
ISSN: 1982-5374
Editor Chefe: AUGUSTO SARMENTO-PANTOJA
Início Publicação: 15/01/2004
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Ciências Sociais Aplicadas, Área de Estudo: Linguística, Letras e Artes, Área de Estudo: Multidisciplinar

CHANGING BODIES IN “THE CITY OF PIRATES”: IS A “LAERTE” PEDAGOGY POSSIBLE TO SHAKE COLONIALITIES AND FASCISMS IMPOSED ON GENRES?

Ano: 2022 | Volume: 16 | Número: 26
Autores: Fabiana Aparecida de CARVALHO, Adalberto Ferdnando INOCÊNCIO
Autor Correspondente: Fabiana Aparecida de CARVALHO | [email protected]

Palavras-chave: Transvestilities. Sexualities. Feminism. Coloniality.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O presente trabalho problematiza a animação “A Cidade dos Piratas” (2018), dirigida por Otto Guerra e estreada pela cartunista Laerte Coutinho, que encorpa em tela questionamentos acerca de seu processo de transgenerificação, da adoção de uma identidade travesti para si e sobre a crítica/desconstrução das masculinidades presentes em seus trabalhos desde a década de 1980. Numa sucessão de camadas dispostas em uma bricolagem de histórias em quadrinhos, montagens de roteiros, entrevistas, dilemas das protagonistas e contextos históricos de colonialidade de poder, do ser, da natureza, do gênero e do saber no Brasil, a animação é um artefato produtor de uma pedagogia cultural a ensinar modos de ser, estar e de pensar o “cistema-mundo” patriarcal – colonialista – capitalista, especialmente, com o recente cenário de escalada fascista e neoconservadora nos territórios políticos e sociais do país. Ancoradas em teorizações pós-estruturalistas e no referencial pluriepistêmico (trans)feminista e decolonial, analisamos a animação, destacando como uma “pedagogia pirata” pode abalar os códigos normativos da produção de saberes, discursos e práticas impostos aos corpos, performando também uma genealogia diferenciada para as sexualidades e os gêneros das pessoas a partir da (des)construção de um “novo” corpo físico, mas também epistemológico, de Laerte.



Resumo Inglês:

: The present work discusses the animated film “The Pirates City” (2018), directed by Otto Guerra and premiered by the cartoonist Laerte Coutinho, that corporates on screen questions about her transgender process, the adoption of a transvestite identity for herself and about the critic/desconstruction of present masculinities in her works since the decade of 1980. In a succession of layers disposed on a bricolage of comic books, construction of scripts, interviews, protagonists dilemmas and historical contexts of power coloniality, from the individual, from nature, from gender and from knowledge in Brazil, the animated film is a producing artifact of a cultural pedagogy to teach ways of being and thinking the “worldcystem” capitalistic – colonial – patriarchal, especially with the late scenery of a fascist neoconservative escalation at political and social territories of the country. Anchored in poststructuralist theorizations and in descolonial and (trans)feminist pluriepistemic benchmark, we have analyzed the animated film, highlighting as a “pirate pedagogy” can shake the normative codes of production of knowledge, speeches and practices imposed to bodies, also performing a different genealogy for the sexualities and genders of people from the (de)construction of a “new” physical body, but also epistemological, from Laerte.