A Alfabetização Científica tem se consolidado como objetivo central no Ensino de Ciências, podendo ser promovida em contextos formais e não formais de educação. Este artigo objetiva articular diferentes perspectivas de Alfabetização Científica nesses dois espaços, a fim de propor uma compreensão mais abrangente do conceito. Trata-se de um ensaio teórico que adota como referenciais, para os espaços formais, os Eixos Estruturantes, as Dimensões e as Premissas de Alfabetização Científica e, para os espaços não formais, os Indicadores de Alfabetização Científica. As reflexões foram orientadas pela identificação de pontos de convergência entre as perspectivas discutidas pelos autores. Os resultados indicam que os Indicadores aplicados aos contextos não formais introduzem elementos inovadores em comparação aos demais referenciais, especialmente ao enfatizar aspectos interativos e institucionais do processo de alfabetização. Esses elementos permitiram o desenvolvimento de uma nova perspectiva, ampliando conceitualmente a Alfabetização Científica em diferentes contextos educativos. Defendemos que a articulação dessas perspectivas teóricas contribui para a consolidação de uma proposta mais dialógica e contextualizada, com potencial para orientar futuras ações voltadas à efetivação dessas perspectivas no contexto da educação científica.