Este trabalho teve como objetivo verificar a resistência ao impacto da união dente-resina acrÃlica, sob efeito da desinfecção por microondas. Moldes de gesso nas muflas foram preenchidos com silicone laboratorial e sobre estes foram adaptados dentes molares de resina acrÃlica contendo um cilindro de cera (6 mm de diâmetro) na base. O conjunto foi revestido com silicone laboratorial e a mufla preenchida com gesso. A mufla foi aberta e os conjuntos dente-cilindro de cera removidos dos moldes. Dentes molares (n=160), isentos de contato com cera foram utilizados e suas bases de fixação submetidas aos seguintes tratamentos: controle, desgaste com broca, retenção com broca e condicionamento com monômero. Foi utilizada resina termopolimerizável (Clássico) em ciclo de banho de água (ciclo longo) e resina para microondas (Onda-Cryl). Os corpos-de-prova foram desincluÃdos após esfriamento das muflas em bancada. Oitenta corpos-de-prova foram submetidos à desinfecção por microondas por 3 minutos a 650 W, imersos em 150 mL de água e a outra metade não foi submetida ao tratamento descrito. Após armazenagem em água à temperatura de 37ºC por 24 horas, os corpos-de-prova foram submetidos ao teste de resistência ao impacto da união dente-resina, em máquina Otto Wolpert Werke (sistema Charpy) com 40 kpcm de impacto. Os resultados obtidos transformados para kgf/cm2 foram: resina termo ativada sem desinfecção (11,68 ± 2,6), resina termo ativada com desinfecção (10,11 ± 2,78), resina microondas sem desinfecção (14,92 ± 3,25) e resina microondas com desinfecção (12,92 ± 2,21). A desinfecção em microondas afetou significativamente a força de união ao impacto entre o dente e a resina acrÃlica.