Este artigo tem como objetivo discutir a avaliação na educação infantil, compreendendo-a como um processo contínuo, formativo e qualitativo, voltado ao acompanhamento do desenvolvimento integral da criança. Inicialmente, são apresentadas as concepções de avaliação à luz dos documentos oficiais e das contribuições de autores como Hoffmann, Oliveira, Barbosa e Horn. Em seguida, analisa-se como a avaliação se configura na prática cotidiana das instituições de educação infantil, destacando instrumentos como a observação, os registros pedagógicos e o portfólio. São discutidos os principaisdesafios enfrentados pelos educadores, como a influência de modelos tradicionais, a burocratização dos registros e a falta de formação adequada. Por fim, apontam-se caminhos possíveis para qualificar a prática avaliativa, tais como a escuta ativa das crianças, a valorização do brincar, a construção coletiva dos registros e o fortalecimento de uma formação docente crítica e reflexiva. Conclui-se que a avaliação na educação infantil deve respeitar a singularidade da criança, valorizando seus processos de aprendizagem e suas múltiplas formas de expressão. Trata-se de uma prática que exige sensibilidade, ética e compromisso com uma educação inclusiva e humanizadora.