Nas últimas décadas, um número crescente de países em desenvolvimento tem considerado seus nacionais altamente qualificados que vivem no exterior como um potencial ativo para o desenvolvimento nacional. O presente artigo tem como objetivo analisar a história das políticas do Estado brasileiro para sua diáspora científica e tecnológica. Essas são abordadas com base, principalmente, em: pesquisa documental; consulta a sites de órgãos públicos; e, pesquisa bibliográfica. Argumenta-se que o Brasil tradicionalmente tem interpretado a emigração qualificada sob a perspectiva de “fuga de cérebros” e, portanto, demorou a olhar para a diáspora científica e tecnológica como uma eventual fonte de recursos. Essa mudança de paradigma ocorreu apenas nos anos 2010. No entanto, as políticas para a diáspora científica e tecnológica não fizeram parte de uma estratégia estatal unitária e coordenada e quase todas foram descontinuadas após poucos anos de vigência.
In recent decades, an increasing number of developing countries have considered their highly qualified nationals living abroad as a potential asset for national development. This article aims to analyze the history of Brazilian state policies for its scientific and technological diaspora. These are approached based mainly on: documentary research; consultthe websites of public bodies; and, bibliographic research. It is argued that Brazil has traditionally interpreted skilled emigration from the perspective of “brain drain” and, therefore, has been slow to look at the scientific and technological diaspora as an eventual source of resources. This paradigm shift only occurred in the 2010s. However, policies for the scientific and technological diaspora were not part of a unitary and coordinated state strategy and almost all of them were discontinued after a few years of being in effect.
En las últimas décadas, un número cada vez mayor de países en desarrollo ha considerado a sus nacionales altamente calificados que viven en el extranjero como un activo potencial para el desarrollo nacional. Este artículo tiene como objetivo analizar la historia de las políticas del Estado brasileño para su diáspora científica y tecnológica. Estos se abordan con base principalmente en: investigación documental; consulta de sitios web de los organismos públicos; y, investigación bibliográfica. Se argumenta que Brasil ha interpretado tradicionalmente la emigración calificada desde la perspectiva de la “fuga de cerebros” y, por o tanto, ha tardado en mirar a la diáspora científica y tecnológica como una eventual fuente de recursos. Este cambio de paradigma solo ocurrió en la década de 2010. Sin embargo, las políticas para la diáspora científica y tecnológica no formaron parte de una estrategia estatal unitaria y coordinada y casi todas fueron descontinuadas luego de algunos años de vigencia.