Contaminantes emergentes como o 17α-etinilestradiol (EE2) podem ser descartados através dos sistemas de esgotamento sanitário e contaminar as fontes de água. O Lago Paranoá é um reservatório estratégico de Brasília (Brasil) que recebe efluentes tratados de estações de tratamento de esgotos (ETE) e, recentemente, tem sido usado como fonte de abastecimento público. Este estudo monitorou diferentes matrizes da bacia do Lago Paranoá usando o método de Elisa. Este monitoramento foi realizado junto à agência ambiental local em dois períodos. O EE2 foi detectado em todas as amostras de esgoto mostrando que este resíduo está continuamente sendo descartado no lago. No entanto, o EE2 foi encontrado em somente uma amostra da água do lago (0,07 ng L-1), que foi abaixo da concentração preditiva sem efeito considerada como de risco para animais aquáticos. O EE2 não foi detectado na água tratada. Mesmo assim, o aumento no uso da água do lago para abastecimento público indica a necessidade de um monitoramento contínuo de EE2 no lago.
Palavras-chave: disruptores endócrinos, Lago Paranoá, 17α-ethinilestradiol.
Emerging contaminants such as 17α-ethynylestradiol (EE2) can be discharged from sewage systems and contaminate water supplies. Paranoá Lake is a strategic water reservoir in Brasília (Brazil) that receives treated sewage from sewage treatment plants (STPs) and has recently become a water supply. This study monitored EE2 residues in different matrices from Paranoá Lake watershed using the ELISA method. This monitoring was performed together with the local environmental agency in two periods. EE2 was detected in all sewage samples showing that this residue is continually being discharged into the lake. However, EE2 was found in only one freshwater sample (0.07 ng L-1), which is below the predicted no-effect concentration considered as a risk for aquatic animals. EE2 was not detected in treated water. Nevertheless, the increased use of freshwater as a water supply signals the need for continuous EE2 monitoring in the lake.