O presente artigo analisa, com base na Teoria do Reconhecimento de Axel Honneth, a origem e o desenvolvimento da chamada democracia disjuntiva, ideia nuclear do livro Cidade de Muros: crime, segregação e cidadania em São Paulo, de Teresa Pires do Rio Caldeira. Para tanto, inicialmente, apresenta-se a obra e sua evolução interna. Em seguida, expõe-se uma síntese da teoria honnethiana, com foco nas três formas de reconhecimento e de desrespeito e nas respectivas patologias sociais. Finalmente, aborda-se o conceito de etiopatogênese e se analisa como sua relação com os modos de denegação de reconhecimento e as patologias sociais, correlacionados aos conceitos trazidos pelo livro, contribui para a geração de uma democracia disjuntiva no Brasil.
This article analyzes, based on Axel Honneth’s Theory of Recognition, the origin and development of the so-called disjunctive democracy, a nuclear idea from the book Cidade de Muros: crime, segregação e cidadania em São Paulo, by Teresa Pires do Rio Caldeira. Therefore, initially, her work and its internal evolution are presented. Then, a synthesis of the honnethian theory is exposed, focused on the three forms of recognition and disrespect and on the respective social pathologies. Finally, the concept of ethiopathogenesis is approached and it is analyzed how its relation with the forms of denied recognition and with the social pathologies, correlated to concepts brought by the book, contribute to the generation of a disjunctive democracy in Brazil.