Diálogos entre saúde mental e homossexualidade: Notas sobre produção de subjetividade, sofrimento e opressão

Revista Brasileira de Estudos da Homocultura (REBEH)

Endereço:
Avenida Fernando Corrêa da Costa, 2367 - Boa Esperança
Cuiabá / MT
Site: http://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/rebeh/index
Telefone: (63) 9988-4412
ISSN: 2595-3206
Editor Chefe: Bruna Andrade Irineu
Início Publicação: 01/01/2018
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Multidisciplinar

Diálogos entre saúde mental e homossexualidade: Notas sobre produção de subjetividade, sofrimento e opressão

Ano: 2019 | Volume: 2 | Número: 1
Autores: Anselmo Clemente
Autor Correspondente: Anselmo Clemente | [email protected]

Palavras-chave: saúde mental; homossexualidade, subjetividade, heteronormatividade

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O presente artigo visa a aproximar os campos da saúde mental e da homossexualidade a partir do resgate sócio-histórico das situações às quais homossexuais foram expostos. A metodologia utilizada foi de revisão de literatura e de base documental. Reconhece-se que a produção cultural no ocidente em torno da homossexualidade é violenta e problemática, sobretudo quando observamos as instituições designadas secularmente ao cerceamento dos homossexuais. Ao longo dessa história, o campo homoerótico da vida interessou a policiais, médicos, juristas. Após um longo período, a homossexualidade foi descriminalizada e despatologizada em muitos países, inclusive no Brasil, mas isso não significou maior aceitação da diversidade sexual. Apesar do avanço na conquista de direitos, ainda vivemos numa sociedade profundamente homofóbica, sobretudo quando essa discriminação associa-se a outras linhas de opressão, como os recortes racial e de classe. Homossexuais são expostos a um elaborado mecanismo de injúria que mantêm a ordem sexual vigente, produz violências e subjetividades.



Resumo Inglês:

This article aims to bring together the fields of mental health and homosexuality based on the socio-historical rescue of the situations to which homosexuals were exposed. The methodology used was literature review and documentary basis. It is recognized that cultural production in the West around homosexuality is violent and problematic, especially when we look at the institutions secularly designated for the restriction of homosexuals. Throughout this history, the homoerotic field of life has interested policemen, doctors, jurists. After a long period, homosexuality was decriminalized and depathologized in many countries, including Brazil, but this did not mean greater acceptance of sexual diversity. Despite advances in the conquest of rights, we still live in a deeply homophobic society, especially when this discrimination is associated with other lines of oppression, such as racial and class cuts. Homosexuals are exposed to an elaborate mechanism of injury that maintains the current sexual order, produces violence and subjectivities.



Resumo Espanhol:

Este artículo tiene como objetivo reunir los campos de la salud mental y la homosexualidad basados ​​en el rescate sociohistórico de las situaciones a las que fueron expuestos los homosexuales. La metodología utilizada fue la revisión de la literatura y la base documental. Se reconoce que la producción cultural en Occidente en torno a la homosexualidad es violenta y problemática, especialmente cuando miramos las instituciones secularmente designadas para la restricción de los homosexuales. A lo largo de esta historia, el campo homoerótico de la vida ha interesado a policías, médicos y juristas. Después de un largo período, la homosexualidad fue despenalizada y despatologizada en muchos países, incluido Brasil, pero esto no significó una mayor aceptación de la diversidad sexual. A pesar de los avances en la conquista de los derechos, todavía vivimos en una sociedad profundamente homofóbica, especialmente cuando esta discriminación se asocia con otras líneas de opresión, como los recortes raciales y de clase. Los homosexuales están expuestos a un elaborado mecanismo de lesiones que mantiene el orden sexual actual, produce violencia y subjetividades.