ZÉ PELINTRA: CONCEPÇÕES SOBRE A UMBANDA E O MALANDRO

Revista Em Favor de Igualdade Racial

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ISSN: 2595-4911
Editor Chefe: Flávia Rodrigues Lima da Rocha
Início Publicação: 11/05/2020
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Linguística, Letras e Artes, Área de Estudo: Multidisciplinar

ZÉ PELINTRA: CONCEPÇÕES SOBRE A UMBANDA E O MALANDRO

Ano: 2020 | Volume: 3 | Número: 2
Autores: R. S. Silva
Autor Correspondente: R. S. Silva | [email protected]

Palavras-chave: Zé Pelintra, Umbanda, deconstrução, Exu

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

As entidades da umbanda fazem parte de seres espirituais com características únicas, entre esses seres encontra-se Zé Pelintra, uma entidade cercada por peculiaridades, descrito como malandro, apreciador de bebidas e jogador de carteado, uma entidade negra que recebe várias interpretações. O objetivo de nossa discussão e dialogar com a história da umbanda, seu mito fundador, problematizando com a data de criação da religião, teria sido essa criada no início do século XX ou a partir de 1930, a entidade Zé Pelintra, assim como os exus sofrem um processo de desconstrução. Se levamos em consideração que a religião seria formada a partir da terceira década do século XX, teremos um contexto contrário a malandros, jogadores e capoeiras, porém, uma das entidades da umbanda carrega todos esses elementos, o supracitado Zé Pelintra, portando a desconstrução dessa entidade não é apenas moral, mas uma escolha política. Buscamos discutir que existe uma ambiguidade na forma em que a entidade é descrita, a malandragem referida a esse ser sagrado, não se trata de um elemento depreciativo, mas da proximidade da entidade com o homem, proximidade essa que levará a sua desconstrução. Para construir esse diálogo realizamos uso de autores como Augras (1997), Rohde (2009), Pimentel (2011), através das bibliográficas discutimos como se constrói a ação de desvalorização aos exus, grupo que Zé Pelintra também faz parte e como essa ação não é recente, mas vem se ampliando ao longo do tempo.



Resumo Inglês:

The entities from umbanda are part of spiritual beings with unique features, among these beings Zé Pelintra, na entity surrounded by peculiarities, describeb as rascal, fond in drinks and card player, a black entity that receives several interpretations. The purpose of our discussion and dialogue with the history of umbanda, its founding myth, problematizing with the creation date of the religion, it would have been created in the early 20th century or after 1930, the entity Zé Pelintra, as sem o as the exus undergo a desconstruction process. If we take into consideration what religion would be formed from the third decade of the 20th century, we well have a context contrary to rascals, players and capoeiras, however, one of the umbanda entities carries all these elements, the aforementioned Zé Pelintra, therefore, the deconstruction of this entity it's not just moral, but a political choice. We seek to discuss that there is an ambiguity in the way the entity is described, the trickery referred to that sacred being, it is not a derogatory elements, but of the entity's proximity to man, proximity that well lead to its desconstruction. To build this dialogue, we use authors as Augras (1997), Rohde (2009),Pimentel (2011). Through the bibliographies the exus devaluations to action, group that Zé Pelintra is also part of and as this action is not recent, but it has been expanding over time.