VIOLÊNCIA URBANA E ASSISTÊNCIA SOCIAL NO ÂMBITO DA PROTEÇÃO SOCIAL BÁSICA

Revista de Políticas Públicas e Segurança Social

Endereço:
Rua do Cruzeiro, nº 01, UFVJM, Prédio FACSAE, 2ª Andar, Gabinete 331 - Dra. Aline Fagundes dos Santos - Jardim São Paulo
Teófilo Otoni / MG
39803-371
Site: http://www.nepppss.com/revista/
Telefone: (33) 99901-0350
ISSN: 2594-3855
Editor Chefe: Dra. Aline Fagundes dos Santos
Início Publicação: 15/09/2017
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Antropologia, Área de Estudo: Ciência política, Área de Estudo: Educação, Área de Estudo: Psicologia, Área de Estudo: Sociologia, Área de Estudo: Ciências Sociais Aplicadas, Área de Estudo: Administração, Área de Estudo: Ciências Contábeis, Área de Estudo: Direito, Área de Estudo: Serviço social, Área de Estudo: Multidisciplinar, Área de Estudo: Multidisciplinar

VIOLÊNCIA URBANA E ASSISTÊNCIA SOCIAL NO ÂMBITO DA PROTEÇÃO SOCIAL BÁSICA

Ano: 2017 | Volume: 1 | Número: 1
Autores: S. L. Costa, R. S. Ferreira
Autor Correspondente: S. L. Costa, R. S. Ferreira | [email protected]

Palavras-chave: violência urbana, assistência social, proteção social básica, estratégias de enfrentamento.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A violência urbana no Brasil se constitui como um desafio para a Assistência Social, tendo seus reflexos nos serviços de Proteção Social Básica, embora os serviços voltados para esta problemática sejam da Proteção Social Especializada. A presente pesquisa teve como objetivo analisar como usuários da proteção social básica, beneficiários de programas de transferência de renda, lidam com as experiências de violência urbana e quais estratégias de enfrentamento vêm produzindo. Foram realizadas entrevistas abertas individuais (N=12) e grupos focais com usuários do Centro de Referência em Assistência Social – CRAS. A violência urbana, no cotidiano dos participantes, apresenta contornos de exclusão e sofrimento. O estudo possibilitou identificar a presença do medo e do cotidiano ameaçado enquanto componentes diários na vida dos participantes e nas suas estratégias de enfrentamento. Conclui-se sobre a necessidade do comprometimento dos CRAS com a temática da violência, ampliando debates entre políticas públicas e criando condições de acolhimento e de enfrentamento coletivo.



Resumo Inglês:

The present research had as objective to analyze how users of basic social protection, beneficiaries of income transfer programs, deal with the experiences of urban violence and what coping strategies have been producing. Individual interviews (N = 12) and focus groups with users of the Reference Center on Social Assistance (CRAS in portuguese) were conducted. Urban violence, in the daily life of the participants, presents contours of exclusion and suffering. The study made it possible to identify the presence of fear and daily life threatened as daily components in the participants' lives and their coping strategies. It concludes that is necessary a commitment of CRAS to the issue of violence, expanding debates between public policies and creating conditions for reception and collective confrontation.



Resumo Espanhol:

La violencia urbana en Brasil se constituye como un desafío para la Asistencia Social, teniendo sus reflejos en los servicios de Protección Social Básica, aunque los servicios dirigidos a esta problemática sean de la Protección Social Especializada. La presente investigación tuvo como objetivo analizar cómo los usuarios de la protección social básica, beneficiarios de programas de transferencia de renta, tratan con las experiencias de violencia urbana y qué estrategias de enfrentamiento vienen produciendo. Se realizaron entrevistas abiertas individuales (N = 12) y grupos focales con usuarios del Centro de Referencia en Asistencia Social - CRAS. La violencia urbana, en el cotidiano de los participantes, presenta contornos de exclusión y sufrimiento. El estudio posibilitó identificar la presencia del miedo y del cotidiano amenazado como componentes diarios en la vida de los participantes y en sus estrategias de enfrentamiento. Se concluye sobre la necesidad del compromiso de los CRAS con la temática de la violencia, ampliando debates entre políticas públicas y creando condiciones de acogida y de enfrentamiento colectivo.



Resumo Francês:

La présente recherche avait pour objectif d'analyser comment les utilisateurs de la protection sociale de base, bénéficiaires des programmes de transfert de revenus, traitent les expériences de la violence urbaine et quelles stratégies d'adaptation ont produit. Des entrevues individuelles (N = 12) et des groupes de discussion avec les utilisateurs du Centre de référence sur l'aide sociale (CRAS en portugais) ont été menés. La violence urbaine, dans la vie quotidienne des participants, présente des contours d'exclusion et de souffrance. L'étude a permis d'identifier la présence de la peur et de la vie quotidienne menacée en tant qu'éléments quotidiens de la vie des participants et de leurs stratégies d'adaptation. Il conclut qu'il est nécessaire que le CRAS s'engage sur la question de la violence, en développant les débats entre les politiques publiques et en créant les conditions d'accueil et de confrontation collective.



Resumo Alemão:

Die vorliegende Untersuchung hatte das Ziel zu analysieren, wie Nutzer von grundlegendem Sozialschutz, Nutznießer von Einkommensübertragungsprogrammen, mit den Erfahrungen von Gewalt in der Stadt umgehen und welche Bewältigungsstrategien erarbeitet haben. Einzelinterviews (N = 12) und Fokusgruppen mit Benutzern des Referenzzentrums für Sozialhilfe (CRAS in Portugiesisch) wurden durchgeführt. Städtische Gewalt im Alltag der Teilnehmer zeigt Konturen von Ausgrenzung und Leid. Die Studie ermöglichte es, das Vorhandensein von Angst und täglichem Leben zu identifizieren, das als tägliche Komponente in den Leben der Teilnehmer und ihrer Bewältigungsstrategien bedroht ist. Es kommt zu dem Schluss, dass es notwendig ist, CRAS für das Thema Gewalt einzusetzen, Debatten zwischen öffentlichen Politiken auszuweiten und Bedingungen für den Empfang und die kollektive Konfrontation zu schaffen.