A violência doméstica contra a mulher no sudeste paranaense de 2014 a 2016

Revista Nupem

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ISSN: 2176-7912
Editor Chefe: Frank Antonio Mezzomo
Início Publicação: 31/07/2009
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Ciências Sociais Aplicadas, Área de Estudo: Linguística, Letras e Artes, Área de Estudo: Multidisciplinar

A violência doméstica contra a mulher no sudeste paranaense de 2014 a 2016

Ano: 2018 | Volume: 10 | Número: 20
Autores: Alexandra Lourenço
Autor Correspondente: Frank Mezzomo | [email protected]

Palavras-chave: Violência contra a mulher, violência doméstica, Paraná, gênero

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A preocupação com esse tema surgiu devido ao Paraná ocupar o 3º lugar no Ranking da violência doméstica no Brasil no mapa de 2012. Em Irati foram mais de 200 casos em 2014. Nosso objetivo maior foi analisar as relações de poder nos processos de violência contra a mulher no sudeste do Paraná, principalmente no município de Irati, e observar a partir da comparação dos registros formais referentes aos anos de 2014, 2015 e 2016 se houve decréscimo nos índices de violência doméstica. Nossos resultados indicam que as mulheres vítimas de violência doméstica evitavam registar o B. O. recorrendo a esta medida quando suas vidas se encontravam em risco. Para os profissionais que realizaram o atendimento ainda prevalece a visão de que a agressão praticada pelo gênero masculino no espaço doméstico não é coisa recorrente, mas uma exceção à regra. A maioria das mulheres agredidas eram integrantes da classe popular, não possuíam emprego, residiam na região urbana, eram casadas ou viviam em união estável e o agressor foi o companheiro. O índice de registros formais declinou em aproximadamente 30% na cidade de Irati entre os anos de 2014 e 2016. Todavia, não podemos afirmar que signifique a diminuição da violência doméstica, na medida em que reconhecemos a complexidade deste fenômeno.



Resumo Inglês:

The concern with this theme arose due to Paraná occupying the 3rd place in the ranking of domestic violence in Brazil according to the map of 2012. In Irati there were more than 200 cases in 2014. Our main objective was to analyze the power relations in the processes of violence against women in the southeast of Paraná, especially in the municipality of Irati, and to observe from the comparison of the formal records of 2014, 2015 and 2016 if there was a decrease in the rate of domestic violence. Our results indicate that women who were victims of domestic violence avoided registering the occurrence in police records, using this measure when their lives were at risk. For the professionals who performed the service, the prevailing view is that the aggression practiced by the male gender in the domestic space is not recurrent, but an exception to the rule. Most of the battered women were members of the popular class, had no job, resided in the urban area, were married or lived in a stable union, and the perpetrator was the companion. The index of formal registers declined by approximately 30% in the city of Irati between 2014 and 2016. However, we can not say that it means the decrease in domestic violence, insofar as we recognize the complexity of this phenomenon.



Resumo Espanhol:

La preocupación por este tema surgió debido a que el Estado de Paraná ocupó el 3er lugar en el Ranking de violencia doméstica en Brasil, según el mapa del 2012. En Irati fueron más de 200 casos en el 2014. Nuestro principal objetivo fue analizar las relaciones de poder en los procesos de violencia contra la mujer al sudeste de Paraná, principalmente en el municipio de Irati, además de observar si se tiene una disminución en los índices de violencia doméstica al comparar los registros formales referentes a los años 2014, 2015 y 2016. Nuestros resultados indican que las mujeres víctimas de violencia doméstica evitaban registrar la ocurrencia en la policía, recurriendo a esta medida cuando sus vidas se encontraban en riesgo. Para los profesionales que realizaron la atención aún prevalece la visión de que la agresión practicada por el género masculino en el espacio doméstico no es cosa recurrente, sino una excepción a la regla. La mayoría de las mujeres agredidas eran integrantes de la clase popular, no poseían empleo, residían en la región urbana, estaban casadas o vivían en unión estable y el agresor fue el compañero. El índice de registros formales declinó en aproximadamente el 30% en la ciudad de Irati entre los años 2014 y 2016. Sin embargo, no podemos afirmar que signifique la disminución de la violencia doméstica, en la medida en que reconocemos la complejidad de este fenómeno.