A VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER: CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS NA REGIÃO NORDESTE

Revista Científica do Itpac

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ISSN: 19836708
Editor Chefe: Daniele Gomes Carvalho
Início Publicação: 30/06/2008
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Enfermagem, Área de Estudo: Saúde coletiva, Área de Estudo: Administração, Área de Estudo: Ciências Contábeis, Área de Estudo: Turismo, Área de Estudo: Engenharia de materiais e metalúrgica, Área de Estudo: Engenharia de minas, Área de Estudo: Engenharia nuclear, Área de Estudo: Engenharia química, Área de Estudo: Multidisciplinar, Área de Estudo: Multidisciplinar

A VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER: CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS NA REGIÃO NORDESTE

Ano: 2021 | Volume: 14 | Número: 1
Autores: D. M. N. Lima, A. R. C. M. Feitosa, M. M. A. Holanda
Autor Correspondente: D. M. N. Lima | [email protected]

Palavras-chave: saúde da mulher, saúde pública, violência contra a mulher.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A violência contra a mulher é um problema de saúde pública. A baixa notificação, despreparo dos profissionais de saúde para assistência, bem como sua falta de tempo e interesse na realização de uma escuta qualificada, comprometem a assistência das vítimas. Objetivo: Traçar o perfil epidemiológico dos casos de violência contra a mulher no Nordeste, durante o período de 2009 a 2017. Metodologia: Trata-se de um estudo epidemiológico de caráter descritivo e retrospectivo, com análise secundária de dados. Foi utilizado como fonte de dados, o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Resultados e Discussão: Foram obtidas 172.737 fichas de notificação/investigação e a partir delas, percebeu-se que as vítimas possuíam, no geral, faixa etária dos 20-59 anos (59,03%), eram pardas (71,12%) e de baixa escolaridade (63,23%). A maior parte das agressões ocorreu em suas residências (74,93%), por cônjuges ou ex-cônjuges (34,143%), por meio de força corporal/espancamento (46,33%). Sendo a física (50,65%) a principal natureza da agressão, seguida da psicológico/moral (22,46%). Das capitais as que apresentaram maior incidência foi Recife, João Pessoa e Teresina. E entre os estados: Pernambuco, Alagoas e Piauí. Verificou-se que a taxa de incidência média no Nordeste, de 2009 a 2017, foi de 67,90 casos/100.000 mulheres. Conclusão: Portanto, entendese que há a necessidade de uma mobilização da sociedade civil, em conjunto, com os órgãos governamentais, visando a elaboração de políticas de saúde, voltadas a fiscalização, vigilância, promoção, prevenção e assistência à saúde da mulher.



Resumo Inglês:

Violence against women is a public health problem, with no simple solution. The low notification, unpreparedness of health professionals for assistance, as well as their lack of time and interest in carrying out qualified listening, compromise the assistance of victims. Objective: To trace the epidemiological profile of cases of violence against women, in the Northeast, during the period from 2009 to 2017. Methodology: This is a descriptive and retrospective epidemiological study, with secondary data analysis. The Notifiable Diseases Information System (Sinan) and the Brazilian Institute of Geography and Statistics (IBGE) were used as data sources. Results and Discussion: 172,737 notification / investigation forms were obtained and from them, it was noticed that the victims were, in general, aged 20- 59 years (59.03%), were brown (71.12%) and low education (63.23%). Most of the aggressions occurred in their homes (74.93%), by spouses or ex-spouses (34.143%), through body strength / beatings (46.33%). Thus, the main nature of the aggression was physical (50.65%), followed by psychological / moral (22.46%). The capitals with the highest incidence were Recife, João Pessoa and Teresina. And the states Pernambuco, Alagoas and Piauí. It was found that the average incidence rate in the Northeast, from 2009 to 2017, was 67.90 cases / 100,000 inhabitants. Conclusion: Therefore, it is understood that there is a need for mobilization of civil society, together with government agencies, aiming at the elaboration of health policies, aimed at inspection, surveillance, promotion, prevention and assistance to women's health.