Versos à infância: a presentificação do passado na produção poética de Hailton Correa

Ícone

Endereço:
Rua da Saudade, 56 - Vila Eduarda
São Luís de Montes Belos / GO
76100000
Site: https://www.revista.ueg.br/index.php/icone/index
Telefone: (64) 3671-1427
ISSN: 1982-7717
Editor Chefe: Maria Aurora Neta
Início Publicação: 01/12/2007
Periodicidade: Semestral

Versos à infância: a presentificação do passado na produção poética de Hailton Correa

Ano: 2020 | Volume: 20 | Número: 1
Autores: F. J. P. Borges, J. E. P. Neto
Autor Correspondente: F. J. P. Borges | [email protected]

Palavras-chave: Literatura. Poesia. Tempo. Memória.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O poeta, ao recorrer ao material sensível extraído da vida, molda-o para que se universalize e diga algo sobre os seres humanos. Hailton Correa (2017) faz isso quando utiliza da memória enquanto temática para a criação do poema Versos à infância. Nele, o presente serve como ponto de partida para que o sujeito lírico, adulto, se recorde de suas vivências passadas. Além disso, ele traz em suas recordações o menino que brincava pelas ruas cascalhadas, e que hoje assume o compromisso do trabalho. A voz lírica desvela como o seu exterior, o mundo, dialoga com o seu interior. Emil Staiger (1977) chamará essa união, daquilo que está na intimidade e do que está fora, de um-no-outro. Nesse sentido, esse artigo tem como objetivo analisar de que maneira a relação interior-exterior do sujeito lírico influencia no seu ato de recordar. Usa-se para esta análise o seguinte corpus teórico: Britto (2000), acerca da memória e da poesia na contemporaneidade; Combe (2010), para se discutir a constituição do sujeito lírico; Paz (1982), Bosi (1977) e Bachelard (1978) sobre poesia e infância, entre outros autores.



Resumo Inglês:

The poet, using the sensitive material extracted from life, shapes it so that it becomes universal and says something about human beings. Hailton Correa (2017) does this when he uses memory as the theme for the creation of his poem Versos à infância. In it, the present serves as a starting point for the lyrical subject, an adult, to remember his past experiences. In addition, as he brings in his memories the boy who played in the gravel streets and who today is committed to work. The lyrical voice reveals how its outside, the world, dialogues with its inner. Emil Staiger (1977) will call this union of what is in the intimacy and what is outside, inner-outside. In this sense, this article aims to analyze how the interior-exterior relationship to the lyrical subject influences their act of remembering. The following theoretical corpus is used for this analysis: Britto (2000), about memory and poetry in contemporary times; Combe (2010), to discuss the constitution of the lyrical subject; Paz (1982), Bosi (1977) and Bachelard (1978) on poetry and childhood, among other authors.