Objetivo: Avaliar a confiabilidade da versão autoadministrada do teste de percepção musical BATUTA, projetado para testar a percepção musical em pessoas com deficiência auditiva. Método: Participantes com audição normal que completaram o teste BATUTA presencialmente, acompanhados por um fonoaudiólogo, formaram o grupo presencial (GP). Participantes que se autodeclararam com audição normal e completaram a versão online do teste formaram o grupo autoadministrado (GAD). O teste ANOVA de Kruskal-Wallis foi aplicado, seguido pela comparação pareada de Dwass-Steel-Critchlow-Fligner (DSCF), para analisar os resultados de ambos os grupos nos módulos de ritmo, pitch e timbre. Resultados: A comparação dos resultados entre GP (n=51) e GAD (n=91) mostrou uma diferença estatisticamente significativa quando o módulo de timbre do BATUTA foi realizado em sua versão autoadministrada por meio de telefone celular e nenhuma diferença para o módulo de ritmo em qualquer contexto de teste. Quando a comparação é realizada par a par, entre os grupos, sejam eles com fones, com caixas acústicas, com o som do computador, com o som do celular e presencialmente, foi possível demonstrar que há diferença estatisticamente significativa para os resultados dos módulos pitch e timbre do BATUTA, quando testados com o som do celular em relação aos demais ambientes. Conclusão: O uso do som de computador é o contexto de aplicação confiável para os módulos de ritmo, pitch e timbre do BATUTA, comparável à sua administração presencial em um ambiente de teste controlado. A versão autoadministrada do BATUTA é um instrumento confiável para avaliar a percepção musical de indivíduos com deficiência auditiva.
Purpose: To assess the reliability of the self-administered version of the BATUTA music perception test, designed to test musical perception in people with hearing impairment. Method: Participants with normal hearing who completed the BATUTA test in person, accompanied by a speech therapist, formed the in-person group (IPG). Participants who self-reported hearing and completed the online version of the test formed the self-administered group (SAG). The Kruskal-Wallis ANOVA test was applied, followed by the Dwass-Steel-Critchlow-Fligner (DSCF) pairwise comparison, to analyze the results for both groups across the rhythm, pitch, and timbre modules. Results:Comparing the IPG (n=51) and SAG (n=91) results showed a significant difference when the BATUTA’s timbre module was performed in its self-administered version using a mobile phone and no difference for the rhythm module in any test set. The pairwise comparison among headphones, speakers, computer’s integrated speakers, mobile phone speakers, and in-person (controlled conditions) yields a significant difference in the pitch and timbre modules when performed through mobile phone speakers. Conclusion:The use of computer sound ensures the reliable assessment of the rhythm, pitch, and timbre modules of the BATUTA, comparable to its in-person administration in a controlled test environment. The self-administered version of BATUTA is a reliable instrumentfor assessing the musical perception of individuals with hearing impairment.