USOS, REUSOS E ABUSOS: ATRAVESSANDO “FRONTEIRAS” E “LUSO-AFRICANIDADES” NAS HISTORIOGRAFIAS DE ANGOLA, CABO VERDE E GUINÉ-BISSAU PARA OS SÉCULOS XV, XVI E XVII

Revista Brasileira de Estudos Africanos

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ISSN: 24483907
Editor Chefe: Analúcia Danilevicz Pereira
Início Publicação: 31/05/2016
Periodicidade: Bianual
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Ciências Sociais Aplicadas, Área de Estudo: Multidisciplinar

USOS, REUSOS E ABUSOS: ATRAVESSANDO “FRONTEIRAS” E “LUSO-AFRICANIDADES” NAS HISTORIOGRAFIAS DE ANGOLA, CABO VERDE E GUINÉ-BISSAU PARA OS SÉCULOS XV, XVI E XVII

Ano: 2019 | Volume: 4 | Número: 8
Autores: Alec Ichiro Ito
Autor Correspondente: Alec Ichiro Ito | [email protected]

Palavras-chave: história de Angola; história de Cabo Verde e Guiné-Bissau; fronteiras e identidades

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este artigo ensaístico destrincha as noções de “fronteira” e “luso-africanidade”, abordando alguns casos ancorados na escrita da história de Angola, Cabo Verde e Guiné-Bissau para os séculos XV, XVI e XVII. O fio condutor desta narrativa é o compartilhamento e a circularidade dessas noções, cindido em dois momentos. No primeiro, depreenderemos a noção de fronteira africanista, assim como ela incide nos estudos desenvolvidos pela historiografia norte-americana desde o pós-guerra. Em um segundo momento, introduziremos algumas noções de “luso-africanidade”, chamando atenção para o enfoque dado às práticas identitárias múltiplas. Ao término deste artigo, indicaremos alguns dos riscos e empecilhos que permeiam a noção de luso-africanidade, sendo que o principal deles é a dissolução das diferenças, assimetrias e desigualdades que percorreram os contatos euro-africanos. Como hipótese de trabalho, assumimos que futuras pesquisas realizem mais investigações empíricas, como também sustentem uma postura mais crítica a respeito do hibridismo cultural, da miscigenação sanguínea, das identidades múltiplas, do sincretismo religioso e da fusão social pacífica.



Resumo Inglês:

This article develops the notions of “frontier” and “Luso-Africanity”, addressing some cases anchored in the writing of the history of Angola, Cape Verde and Guinea-Bissau for the 15th, 16th and 17th centuries. The guiding thread of this narrative is the sharing and circularity of these notions, split into two moments. In the first, we will understand the notion of the Africanist frontier, as it affects the studies developed by North-American historiography since the postwar period. In a second moment, we will introduce some notions of “Luso-Africanity”, drawing attention to the focus given to multiple identity practices. At the end of this article, we will point out some of the risks and obstacles that permeate the notion of Luso-Africanity, the main one being the dissolution of the differences, asymmetries and inequalities that have crossed the Euro-African contacts. As a working hypothesis, we assume that future researches will carry out more empirical investigations, as well as support a more critical stance on cultural hybridism, blood miscegenation, multiple identities, religious syncretism and peaceful social fusion.