Uma (anal)ise da repercussão sobre a ozonioterapia retal como tratamento de Covid-19

Cadernos de Gênero e Diversidade

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ISSN: 25256904
Editor Chefe: Felipe Bruno Martins Fernandes
Início Publicação: 31/12/2015
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Antropologia, Área de Estudo: Sociologia, Área de Estudo: Multidisciplinar, Área de Estudo: Multidisciplinar

Uma (anal)ise da repercussão sobre a ozonioterapia retal como tratamento de Covid-19

Ano: 2022 | Volume: 8 | Número: 2
Autores: I. M. Martins, M. S. Pisani
Autor Correspondente: I. M. Martins | [email protected]

Palavras-chave: Gênero, Sexualidade, Políticas anais, Ozonioterapia, Covid-19

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Os anos 2020 e 2021 foram vivenciados, no mundo, sob o prisma do medo do contágio e da morte pelo vírus da COVID-19, mais conhecido como Coronavirus. No Brasil movimentos negacionistas ganharam força ao afirmar que esta doença tratava-se de uma “gripezinha” inofensiva, da mesma forma sugeriu-se o uso de remédios ineficazes para o tratamento do vírus como, por exemplo, ivermectina, cloroquina, azitromicina e ozonioterapia retal. Nosso objetivo neste artigo é analisar as repercussões a respeito da ozonioterapia retal para tratamento de COVID-19. A análise será feita a partir das teorias de gênero e sexualidade, especificamente as políticas anais de Saez e Carrascosa (2016). Para subisidiar o debate elencamos alguns conteúdos que marcam a repercussão da ozonioterapia anal: uma charge coletada na rede social Twitter, comentários e reportagens veiculadas na midias (imprensa) e um vídeo em que o então presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, comenta o tratamento. Lançamos mão de algumas perguntas que orientam nossa argumentação: Qual ou quais são as conexões entre o cu e a COVID-19? O que pode um cu contaminado ou um cu em risco de se contaminar? Por que o tratamento via anal causaria tanto constrangimento em partes da população?