Um estudo das formas verbais imperativas em cartas pessoais dos séculos XIX e XX

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ISSN: 23596910
Editor Chefe: Leonardo Lennertz Marcotulio
Início Publicação: 28/02/2015
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Linguística, Letras e Artes, Área de Estudo: Multidisciplinar

Um estudo das formas verbais imperativas em cartas pessoais dos séculos XIX e XX

Ano: 2018 | Volume: 4 | Número: 2
Autores: Aldeir Gomes da Silva
Autor Correspondente: Aldeir Gomes da Silva | [email protected]

Palavras-chave: Imperativo; Cartas pessoais; Tradição Discursiva.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este estudo analisa cartas pessoais pernambucanas escritas nos séculos XIX e XX, a fim de verificar o comportamento variável do uso de imperativos nas correspondências, bem como observar quais outras formas não verbais podem e são usadas com objetivo de fazer pedidos, exortações etc., considerando os processos de elipse dos verbos, principalmente nas sessões de captação de benevolência, recomendações e despedida das missivas. No que diz respeito às formas imperativas textualmente marcadas, temos por objetivo verificar quais ações podem ser expressas através dos verbos no contexto das cartas analisadas. Para tanto, baseamo-nos na teoria de Tradição Discursiva (KOCH, 1997; KABATEK, 2006; COSTA, 2012), que caracteriza modelos textuais, social e historicamente convencionalizados, que fazem parte da memória cultural de uma comunidade (LONGHIN, 2014) e abrangem distintos graus de abstração e complexidade de modelos textuais. Além de ser uma rica fonte aos estudos da história das línguas, as cartas pessoais constituem um exemplo eficaz da relação existente entre tradições existentes e inovação no contexto sócio-histórico, e o uso dos imperativos nas correspondências oferece um recorte dessa relação. Para a realização desta análise, foram coletadas 60 correspondências produzidas entre os anos de 1901 e 1969. Para a discussão dos dados, apoiamo-nos nos conceitos da sociolinguística (LABOV, 1994 apud LOPES, 2011) na análise quantitativa das ocorrências (ou não ocorrências) de imperativos nas sessões de captação de benevolência, recomendações e saudações das cartas pessoais. Os resultados desta pesquisa apontam para a constatação de que a variação é “mais sistemática e predizível tanto estrutural quanto socialmente” (LOPES, 2011, p. 365).



Resumo Inglês:

This study promotes an analysis of personal letters from Pernambuco written in the 19th and 20th centuries, in order to verify the variable behavior from the use of imperatives in correspondence, as well as observe what other nonverbal forms can be used for the purpose of making requests, exhortations, ect., considering the ellipse processes of verbs, especially in the sessions of captivation of benevolence, recommendations and farewell of missives. With regard to verbatim imperative forms, we aim to verify which actions can be expressed through the verbs in the context of the letters analyzed. For this, we are based on the theory of Discursive Tradition (KOCH, 1997; KABATEK, 2006; COSTA, 2012), which characterizes textual, social and historically conventionalized, models that are part of the cultural memory of a community (LONGHIN, 2014) and cover different levels of abstraction and complexity of textual models. In addition to being a rich source for the study of the history of languages, personal letters are an effective example of the relation between existing traditions and innovation in the sociohistorical context and the use of imperatives in correspondence offers a cut of this relation. For the accomplishment of this analysis, were collected 60 correspondences produced between the years of 1901 and 1969. For the discussion of the data, we rely on the concepts of sociolinguistics (LABOV, 1994 apud LOPES, 2011) in the quantitative analysis of occurrences (or not occurrences) of imperatives in the sessions of captivity of benevolence, recommendations and greetings from personal letters. The results of this research point to the observation that the variation is "more systematic and predictable both structurally and socially" (LOPES, 2011, p. 365).