O presente trabalho teve como objetivo realizar revisão literária a fim de obter informações atualizadas sobre a trombocitopenia induzida por heparina, alteração que acomete cerca de 1 a 5% dos pacientes expostos à heparina, por perÃodo de 5 a 21 dias. O estudo baseou-se em pesquisa bibliográfica sobre a patogenia com ênfase nas manifestações clÃnicas, diagnóstico e manejo terapêutico. Tal doença é classificada em tipos I e II, clássica e imune, respectivamente. Normalmente não apresenta sintomatologia, apenas raras manifestações hemorrágicas. O diagnóstico inicial é clÃnico, confirmado por testes laboratoriais, como o teste de ELISA. O tratamento para a trombocitopenia, tipo I, se resume à suspensão da terapia heparÃnica e monitorização do paciente. Já no tipo II, deve-se administrar ao paciente protamina, agente que neutraliza a ação da heparina. Pode-se administrar também inibidor da trombina, o qual reverte a geração exacerbada de trombina, contribuindo para que o paciente não desenvolva complicações trombóticas. Sendo assim, conclui-se que a trombocitopenia induzida por heparina é uma complicação comum em pacientes submetidos à heparinização, indiferentemente da doença de base e que, se houver suspeita de trombocitopenia, é aconselhada abordagem adequada, incluindo a suspensão precoce da heparina.