Transicionalidade e criatividade: rabiscos sobre o viver criativo na educação com crianças com tendência antissocial
Revista Terra & Cultura
Transicionalidade e criatividade: rabiscos sobre o viver criativo na educação com crianças com tendência antissocial
Autor Correspondente: Ian Israel Bernardo Bogado | [email protected]
Palavras-chave: tendência antissocial, psicologia escolar, intervenção psicológica, winnicott
Resumos Cadastrados
Resumo Português:
O presente estudo teórico tem por objetivo refletir acerca das possibilidades de intervenção psicológica no ambiente escolar, por meio do uso de objetos lúdicos com crianças com tendência antissocial, a fim de promover a continuidade do processo de desenvolvimento emocional. Entende-se, segundo a perspectiva psicanalítica winnicottiana, que estas crianças vivenciaram precoce e abruptamente experiências violadoras que as levaram ao desamparo e ao desapossamento do ambiente familiar, concorrendo para a manifestação de condutas reativas, transgressoras e hostis. Estas condutas são exteriorizadas, em especial, na escola e é justamente neste ambiente que se faz relevante a realização de intervenções psicoterápicas grupais que possam oportunizar, por meio da criação de um espaço lúdico, dialógico e sigiloso, a expressão emocional destas crianças, assim como a elaboração de conteúdos inconscientes e a manifestação criativa e espontânea. Infere-se que, por meio do brincar e destes objetos transicionais, a criança com tendência antissocial possa retomar o seu vir a ser e transformar a si mesma e o mundo.
Resumo Inglês:
The present theoretical study aims to reflect on the possibilities of psychological intervention in the school environment, through the use of playful objects with children with antisocial tendencies, in order to promote the continuity of the process of emotional development. It is understood, according to the Winnicottian psychoanalytic perspective, that these children experienced early and abrupt violating experiences that led them to helplessness and dispossession of the family environment, contributing to the manifestation of reactive, transgressive and hostile behaviors. These behaviors are expressed, especially, at school and it is precisely in this environment that it is relevant to carry out group psychotherapeutic interventions that can provide opportunities, through the creation of a playful, dialogic and confidential space, for the emotional expression of these children, as well as the elaboration of unconscious contents and creative and spontaneous manifestation. It is inferred that, through playing and these transitional objects, children with antisocial tendencies can resume their becoming and transform themselves and the world.
