A Transição Ideológica para o Neoliberalismo no Brasil Contemporâneo (1979 a 1994)

Revista Sociais e Humanas

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ISSN: 23171758
Editor Chefe: Kelmara Mendes Vieira
Início Publicação: 30/11/1975
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Multidisciplinar

A Transição Ideológica para o Neoliberalismo no Brasil Contemporâneo (1979 a 1994)

Ano: 2003 | Volume: 16 | Número: 1
Autores: Mauro Marques Muller
Autor Correspondente: Mauro Marques Muller | [email protected]

Palavras-chave: Globalização, Neoliberalismo, Transição histórica

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este trabalho evidencia, numa abordagem do período de 1979 a 1994 enquanto transição histórica, como se preparou e como se consolidou o neoliberalismo no Brasil. A forma ideológica como se constituiu como foi politicamente construída sua viabilidade histórica e sua inserção nas relações com a globalização. Após a construção do contexto internacional e da análise dos atributos ideológicos que compõem o binômio “globalização” e “neoliberalismo” passa-se à análise mais especifica da transição para o neoliberalismo no Brasil. Analisa-se o papel de preparação que o regime militar cumpre para com a implementação do neoliberalismo no país. Problematiza-se a chamada “transição para a democracia” enquanto transição tambem para o neoliberalismo. Realiza-se a análise do Plano Real e dos governos de Fernando Henrique Cardoso (FHC) como consolidação do neoliberalismo no país. Aborda-se, de forma demonstrativa, a questão da divida externa, constituindo-se na porta de entrada para a potência dominante da nova ordem internacional (EUA) impor as políticas neoliberais ao país. A implementação do programa neoliberal no Brasil significou uma fantástica virada ideológica nos rumos do país; da visão nacional-desenvolvimentista, passa-se a globalização econômica. O regime militar garantiu a transição tranqüila para o novo período instalar-se e a guinada do centro para a direita do espectro ideológico garantiu uma roupagem democrática para a imposição de um programa agressivo de desnacionalização e regressão dos direitos sociais, embora a esquerda e os movimentos populares resistissem a maior parte do tempo.