Tempo e capital uma breve ontologia da moderna dominação social

Aurora (UNESP. Marília)

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ISSN: 1982-8004
Editor Chefe: Agnaldo dos Santos
Início Publicação: 30/11/2007
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Antropologia, Área de Estudo: Ciência política, Área de Estudo: Educação, Área de Estudo: Filosofia, Área de Estudo: História, Área de Estudo: Sociologia, Área de Estudo: Multidisciplinar

Tempo e capital uma breve ontologia da moderna dominação social

Ano: 2020 | Volume: 13 | Número: 1
Autores: Cíntia Medina, Adriano Parra
Autor Correspondente: Cíntia Medina | [email protected]

Palavras-chave: Tempo. Capital. Valor. Historicidade.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Há milênios, a humanidade vem-se perguntando sobre a natureza do tempo. Das mais remotas civilizações até a atualidade, o tempo tem sido objeto de curioso fascínio e contemplação. Porém, sua existência social, não obstante sua intangibilidade, torna-se cada vez mais presente em nossos dias. Cumprir prazo, cronometrar tarefas, delimitar durações; a vida cotidiana nos exige, progressivamente, uma aceleração das atividades que desempenhamos aliada à racionalização e fragmentação do próprio devir. Vários autores contemporâneos, como Elias, dedicaram-se a investigar sua natureza social. Contudo, conceberam-na, abstratamente, como uma convenção simbólica de aferição e ordenamento dos acontecimentos, desconsiderando os processos que o levam a assumir seu caráter de dominação no seio da sociedade burguesa. Assim, este artigo procura estabelecer um resgate ontológico do tempo ante à função que exerce no interior do modo de produção capitalista, cujo atual contexto neoliberal subjuga-nos aos ininterruptos ritmos laborais da acumulação



Resumo Inglês:

 

For millennia, humanity has been wondering about the nature of time. From the most remote civilizations until nowadays, time has been the object of curious fascination and contemplation. However, its social existence, despite its intangibility, is increasingly present in our days. Meet deadlines, time tasks, delimit durations; daily life progressively demands an acceleration of the activities we perform, combined with the rationalization and fragmentation of becoming itself. Several contemporary authors like Elias have devoted themselves to investigating their social nature. However, they conceived it, in the abstract sense, as a symbolic convention for measuring and ordering events, disregarding the processes that lead it to assume its character of domination within bourgeois society. Thus, this article seeks an ontological rescue of time in view of the role it plays in the capitalist mode of production, whose current neoliberal context subjugates us to the uninterrupted labor rhythms of accumulation..