TECNÓLOGO: CRISE DE IDENTIDADE E CORROSÃO DO CARÁTER

Revista Labor

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ISSN: 19835000
Editor Chefe: Eneas Arrais de Araújo Neto
Início Publicação: 31/12/2007
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Educação

TECNÓLOGO: CRISE DE IDENTIDADE E CORROSÃO DO CARÁTER

Ano: 2018 | Volume: 1 | Número: 20
Autores: Marcelo Santos Marques, Joao Eudes Moreira da Silva
Autor Correspondente: Joao Eudes Moreira da Silva | [email protected]

Palavras-chave: Tecnólogo. Identidade. Caráter. Qualificação-desqualificante.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Objetivando adequar o currículo das instituições de ensino que compõem a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica as necessidades imediatas do mercado, o governo federal, no ano de 1997, instituiu uma reforma da educação profissional. À época, ele extinguiu o ensino integrado e implantou três modalidades de ensino profissionalizante: o básico, o técnico e o tecnológico. Este último voltado para atender às demandas de consumo de mão de obra, emanadas da automação flexível. No ano de 1999, o então Centro Federal de Educação Tecnológica do Ceará – CEFET-CE instituiu os seus primeiros Cursos Superiores Tecnólogos – CST: Mecatrônica e Telemática, os quais se constituíram em objeto do presente levantamento. Passados vinte anos das reformas, muita coisa mudou, em termos de aparato tecnológico e de relações de trabalho, sem que o tecnólogo logre obter o reconhecimento profissional no mercado de trabalho. A Associação Nacional dos Tecnólogos – ANT e o Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia – CONFEA lançaram a Cartilha do tecnólogo (2010), com o objetivo de obter reconhecimento desses profissionais, bem como lhes conferir identidade. A análise deste artigo corporativo e de outros documentos correlatos como a Declaração de Bolonha (1999) e o Relatório de Jacques Delors (2010), à luz da teoria do valor de Karl Marx (1985; 1887) e da tendência à qualificação-desqualificante da força de trabalho de Aécio Oliveira (2006) e de Marcelo Marques (2016) constituem a base fundante que irá permitir refletir sobre a estrutura que conforma a identidade coletiva e o caráter do ser tecnólogo.



Resumo Inglês:

In 1997, the federal government instituted a reform at the professional education level, aiming at adjusting the curricula of the education institutions that are part of the Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica to the immediate market needs. At that time, it extinguished/ ended the integrated education and implemented three professional education modalities: basic, technical and technological. The latter targeted at attending the workforce demanded by the new flexible automation practices. In 1999, the by then Centro Federal de Educação Tecnológica do Ceará – CEFET-CE instituted its first Technologist Tertiary education courses – (Cursos Superiores Teconológicos – CST): Mechatronics and Telematics, both the object of the present analysis. Twenty years after the reform, many things changed in terms of the technological machines and the working relation, without the technologist achieving its professional recognition in the labour market. The Technologist National Associations – ANT  and the Engineering, Architecture and Agronomy Federal  Council - CONFEA published the “Technologist handbook” aiming at obtain these professionals recognition, as well as confer them an identity.  Based on the analysis of this cooperated guide and other documents related to the Bologna Declaration (1999) and the Jacques Delors Reports (2010), supported by Karl Marx’s value theory (1985, 1887) and the workforce qualification-disqualification tendency by Aécio Oliveira (2006) and Marcelo Marques (2016), this investigation will reflect on the structure that shapes the collective identity and the character of the technologist subject.