Sustentabilidade e diversidade vegetal em agroecossistemas no município de Bragança Paulista, São Paulo

Revista Verde de Agroecologia e Desenvolvimento Sustentável

Endereço:
Rua Jairo Vieira Feitosa nº 1770 Bairro Pereiros
Pombal / PB
58840-000
Site: http://www.gvaa.com.br/revista/index.php/RVADS/index
Telefone: (83) 9620-4560
ISSN: 1981-8203
Editor Chefe: Anderson Bruno Anacleto de Andrade
Início Publicação: 31/12/2005
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Agronomia, Área de Estudo: Engenharia Agrícola, Área de Estudo: Medicina Veterinária, Área de Estudo: Recursos Florestais e Engenharia Florestal, Área de Estudo: Zootecnia, Área de Estudo: Ciências Biológicas, Área de Estudo: Engenharias, Área de Estudo: Multidisciplinar

Sustentabilidade e diversidade vegetal em agroecossistemas no município de Bragança Paulista, São Paulo

Ano: 2020 | Volume: 15 | Número: 1
Autores: Clovis José Fernandes Oliveira Junior, Salomé Sarachu Santana
Autor Correspondente: Clovis José Fernandes Oliveira Junior | [email protected]

Palavras-chave: Agroecologia, sistemas agroflorestais, agricultura familiar, sociobiodiversidade.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Devido a crescente constatação dos efeitos negativos da agricultura empresarial e das grandes monoculturas sobre o meio ambiente e os ecossistemas naturais, considerando ainda a presença de resíduos de pesticidas no alimento produzido, muitos pesquisadores têm apontado a necessidade de se pensar modelos de produção agrícola com maior equilíbrio socioambiental. Os sistemas agroflorestais e a utilização de espécies nativas encontram-se no rol de possibilidades que apresentam maior resiliência ecológica e promotora de desenvolvimento sustentável, capaz de produzir alimentos saudáveis, gerar renda e prover serviços ambientais e ecossistêmicos. Este trabalho, por meio de estudos em sistemas agroflorestais plantados por agricultoras e agricultores familiares na região do município de Bragança Paulista (SP, Brasil), objetivou analisar a diversidade de espécies encontrada nos agroecossistemas. As espécies foram categorizadas conforme sua origem e função no sistema, sendo também calculados os índices de diversidade e dominância. Buscou-se relacionar os resultados encontrados à sustentabilidade, no sentido de se construir parâmetros que possam avaliar a prestação de serviços ambientais pelo agroecossistema. Foi encontrado maior predomínio de espécies alimentares, em preterimento das espécies adubadeiras, bem como um equilíbrio entre exóticas e nativas. Os agroecossistemas apresentaram boa diversidade, com baixo índice de dominância. Concluímos que a categorização das espécies possibilita melhor planejamento da área, pois facilita a visualização das funções ecológicas que o agroecossistema é capaz de produzir, e que somado aos índices de diversidade, auxiliam na construção de parâmetros para monitorar a sustentabilidade e resiliência ecológica da propriedade.



Resumo Inglês:

Due to growing evidence of the negative effects of corporate agriculture and large monocultures affecting the environment and natural ecosystems, and also considering the presence of pesticide residues in the food produced, many researchers are pointing to the need to ponder about models of agricultural production with greater socio-environmental balance. Agroforestry systems and the use of native species are among the possibilities that present greater ecological resilience and promote sustainable development, capable of producing healthy food, generating income and providing environmental and ecosystem services. This work, developed through studies on agroforestry systems planted by family farmers in the region of Bragança Paulista (SP, Brazil), aimed to analyze the diversity of species found in agroecosystems. Species were categorized according to their origin and function in the system, and diversity and dominance indices were also calculated. This study focused in relating to sustainability the results found in it, in order to build parameters that can evaluate the provision of environmental services by agroecosystem(s). A higher predominance of nutritional species, in disregard of fertilizing species was found, as well as a balance between exotic and native. Agroecosystems showed good diversity, with low dominance index. We conclude that classification of species allows a better planning of the area as it facilitates the visualization of the ecological functions that the agroecosystem is capable of producing and that, added to the diversity indices, help building parameters to monitor the sustainability and ecological resilience of the farm.