SER DONO DE CASA É UMA QUESTÃO DE GÊNERO?

Revista Sociais e Humanas

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ISSN: 23171758
Editor Chefe: Kelmara Mendes Vieira
Início Publicação: 30/11/1975
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Multidisciplinar

SER DONO DE CASA É UMA QUESTÃO DE GÊNERO?

Ano: 2012 | Volume: 25 | Número: 1
Autores: Zuleika Câmara Pinheiro, Márcia Pinheiro Ludwig, Ana Louise de Carvalho Fiúza, Maria de Fátima Lopes
Autor Correspondente: Zuleika Câmara Pinheiro | [email protected]

Palavras-chave: Gênero, Donos de Casa, Masculinidades, Unidade Doméstica

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Se o doméstico inscreve noções de feminilidade seria possível que os homens se identificassem também com este espaço? Poderíamos afirmar que existem homens donos de casa? O esforço deste artigo é o de tentar situar a problemática de gênero em torno das percepções, comportamentos e experiência masculinas na unidade doméstica. O estudo problematizou os discursos e narrativas produzidos pelos processos culturais que atribuem o espaço da casa à mulher deixando fora deste domínio comportamentos e ações masculinas acerca de suas experiências na dinâmica da casa. Partimos do pressuposto de que, há uma onipresente hierarquia e assimetria quanto ao trabalho executado dentro de casa. Alguns homens conseguem dilatar o olhar para a importância das atividades domésticas e que tais atividades são importantes e necessárias. Contudo, não nos parecem incorporado à concepção de que as lidas domésticas dizem respeito também a eles. Para a maioria dos homens pesquisados as lidas domésticas quando realizadas por eles vem carregadas de simbologia nas quais são incorporadas atitudes de “ajuda”, “favor”, “assistência”, “apoio” ou “auxílio”. Além de vir incorporada uma conotação de ser um trabalho “natural” das mulheres.