Saúde Mental na greve estudantil da UFMT em 2018: Notas sobre os impactos em estudantes mulheres

Revista Brasileira de Estudos da Homocultura (REBEH)

Endereço:
Avenida Fernando Corrêa da Costa, 2367 - Boa Esperança
Cuiabá / MT
Site: http://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/rebeh/index
Telefone: (63) 9988-4412
ISSN: 2595-3206
Editor Chefe: Bruna Andrade Irineu
Início Publicação: 01/01/2018
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Multidisciplinar

Saúde Mental na greve estudantil da UFMT em 2018: Notas sobre os impactos em estudantes mulheres

Ano: 2019 | Volume: 2 | Número: 1
Autores: Lucas Guerra da Silva, Ana Victoria Alvarenga de Arruda, Barbara Vital Bittencourt de Oliveira, Flávio Custódio Ehle de Oliveira, Ícaro Merquides de Leon Lopes, Lenise Santos Ghisi, Nathalia Bigai Ferreira, Rafaela Nicoli de Oliveira
Autor Correspondente: Lucas Guerra da Silva | [email protected]

Palavras-chave: Saúde mental, Gênero, Mulheres, Universidade, Greve

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este estudo tem por objetivo oferecer um panorama do impacto da greve estudantil da Universidade Federal de Mato Grosso em 2018 na saúde mental das estudantes mulheres desta instituição. A pesquisa foi realizada em caráter extraordinário durante as últimas semanas de greve, a partir do componente curricular Estágio Básico IV – Contextos Clínicos e de Saúde, ofertado no sexto semestre do curso de Psicologia. A estratégia metodológica foi a construção de um formulário como instrumento online e como instrumento de resposta manual disponibilizado em reuniões e encontros do movimento de greve, entrevistas semiestruturadas baseadas nas questões do formulário, e observações dos participantes em diversos contextos. Ao final da etapa de coleta a pesquisa contou com uma amostra significativa de mais de 300 estudantes. Aqui apresentamos dados panorâmicos da pesquisa realizada, para então analisarmos a partir de um recorte de gênero os impactos da greve na saúde mental de estudantes mulheres da UFMT, entendendo que tomar a categoria de gênero legitima uma construção dos estudos sobre a importância de entendê-lo nas ciências humanas e sociais, mas também como situação filosófica e de impactos na saúde. Mulheres foram a maior parte das respondentes dos instrumentos, e apresentaram como sintomas principais decorrentes da greve, frustração, estresse e ansiedade, ao mesmo tempo que protagonizaram desde o princípio a movimentação, e construíram, apesar das adversidades, espaços de debate para questões de gênero e de feminismos, demonstrando também espaços de potência ao longo de uma mobilização de luta por direitos.



Resumo Inglês:

This study aims to provide an overview of the impact of the student strike at the Federal University of Mato Grosso in 2018 on the mental health of female students at this institution. The research was carried out on an extraordinary basis during the last weeks of the strike, based on the curricular component Basic Stage IV - Clinical and Health Contexts, offered in the sixth semester of the Psychology course. The methodological strategy was the construction of a form as an online tool and as a manual response tool available in meetings and strike movement meetings, semi-structured interviews based on the questions in the form, and observations from participants in different contexts. At the end of the collection stage, the survey had a significant sample of more than 300 students. Here we present panoramic data of the research carried out, so that we can analyze, from a gender perspective, the impact of the strike on the mental health of female students at UFMT, understanding that taking the gender category legitimizes a construction of studies on the importance of understanding it in the human and social sciences, but also as a philosophical situation and with impacts on health. Women were the majority of respondents of the instruments, and presented as main symptoms resulting from the strike, frustration, stress and anxiety, at the same time that they were the protagonists of the movement from the beginning, and built, despite the adversities, spaces for debate on gender issues and feminisms, also demonstrating spaces of power along a mobilization of struggle for rights.



Resumo Espanhol:

Este estudio tiene como objetivo proporcionar una visión general del impacto de la huelga de estudiantes en la Universidad Federal de Mato Grosso en 2018 sobre la salud mental de las estudiantes en esta institución. La investigación se llevó a cabo de manera extraordinaria durante las últimas semanas de la huelga, basada en el componente curricular Etapa básica IV - Contextos clínicos y de salud, ofrecida en el sexto semestre del curso de Psicología. La estrategia metodológica fue la construcción de un formulario como una herramienta en línea y como una herramienta de respuesta manual disponible en reuniones y reuniones de movimiento de huelga, entrevistas semiestructuradas basadas en las preguntas del formulario y observaciones de los participantes en diferentes contextos. Al final de la etapa de recolección, la encuesta tuvo una muestra significativa de más de 300 estudiantes. Aquí presentamos datos panorámicos de la investigación realizada, para que podamos analizar, desde una perspectiva de género, el impacto de la huelga en la salud mental de las estudiantes en UFMT, entendiendo que tomar la categoría de género legitima una construcción de estudios sobre la importancia de comprenderla. en las ciencias humanas y sociales, pero también como una situación filosófica y con impactos en la salud. Las mujeres fueron la mayoría de los encuestados de los instrumentos, y se presentaron como síntomas principales resultantes de la huelga, la frustración, el estrés y la ansiedad, al mismo tiempo que fueron las protagonistas del movimiento desde el principio, y construyeron, a pesar de las adversidades, espacios para el debate sobre cuestiones de género. y feminismos, que también demuestran espacios de poder a lo largo de una movilización de lucha por los derechos.