As interfaces entre prisão e racismo são o foco deste artigo. Usando dados históricos e contemporâneos das configurações sociais e prisionais da cidade de Pelotas, município com significativo passado escravagista, a pesquisa busca desvelar funcionalidades da prisão quanto a um controle social racializado. O estudo pode ser caracterizado como uma abordagem de criminologia histórica e traz em seus resultados que a prisão contemporânea é peça chave numa gestão política dirigida ao “deixar sofrer, deixar morrer”.
The interfaces between prison and racism are the focus of this article. Using historical and contemporary data of the social and prison actions of the city of Pelotas, a place with an important slavery past, a research seeks to reveal prison functionalities regarding a racialized social control. The study can be characterized as an approach to historical criminology and brings in its results that a contemporary prison is a key piece in a political management directed to “let suffer, let die.”