RELAÇÃO ENTRE A COMPOSIÇÃO QUÍMICA DE CERA EPICUTICULAR FOLIAR E A INTERAÇÃO COM INSETOS GALHADORES EM ESPÉCIES DE CROTON L. (EUPHORBIACEAE)

Journal of Environmental Analysis and Progress

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ISSN: 2525-815X
Editor Chefe: Rejane Magalhães de Mendonça Pimentel
Início Publicação: 30/09/2016
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Multidisciplinar

RELAÇÃO ENTRE A COMPOSIÇÃO QUÍMICA DE CERA EPICUTICULAR FOLIAR E A INTERAÇÃO COM INSETOS GALHADORES EM ESPÉCIES DE CROTON L. (EUPHORBIACEAE)

Ano: 2018 | Volume: 3 | Número: 3
Autores: M.H. de M. Silva, L.O. da Costa Filho, A.F.M. Oliveira, J.S. de Almeida-Cortez
Autor Correspondente: M.H. de M. Silva | [email protected]

Palavras-chave: análise de componente principal, caatinga, cromatografia, croton, cecídeas, lipídio cuticular

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

As ceras epicuticulares têm grande importância econômica e ecológica. Com base nisso, o objetivo deste estudo foi avaliar a relação da composição química das ceras na intensidade de formação de galhas em Croton spp. de região semiárida por meio de uma análise multivariada. Foram utilizadas folhas íntegras e maduras de sete espécies de Croton (Croton adamantinus, C. argyrophyllus, C. blanchetianus, C. glandulosus, C. grewioides, C. heliotropiifolius, C. urticifolius) que foram submetidas a duas extrações sucessivas com diclorometano e, em seguida, às análises cromatográficas (CCD preparativa e CG). As Análises dos Componentes Principais (PCA) mostraram que há um agrupamento das espécies que apresentam alta intensidade de galhas (C. adamantinus, C. argyrophyllus e C. blanchetianus) em função da semelhança química das ceras epicuticulares, mostrando serem mais definidos pelos n-alcanos e ácidos graxos. Contudo, C. urticifolius apresenta-se inserido neste grupo embora não contenha galhas. Os n-alcanos C25 e o C27 foram determinantes na ausência de galhas em C. glandulosus. Os alcoóis foram responsáveis por explicar a baixa intensidade de galhas em C. grewioides, enquanto os alcanos C22, C32 e C33 e os ácidos graxos C16:0 e C18:0 foram responsáveis por explicar a baixa intensidade de galhas em C. heliotropiifolius. Portanto, foi possível verificar que a presença de ácidos graxos e n-alcanos de cadeias longas foram predominantes no perfil químico das ceras epicuticulares destas espécies, indicando serem os ácidos graxos os prováveis componentes associados à susceptibilidade das plantas aos insetos galhadores.