Reflexões sobre a educação contemporânea: a contribuição de Abraham Joshua Heschel a partir de suas raízes judaicas

Conjectura

Endereço:
Revista Conjectura - Universidade de Caxias do Sul - Centro de Filosofia e Educação - Rua Francisco Getúlio Vargas, 1130 - Bairro Petrópolis
Caxias do Sul / RS
0
Site: http://www.ucs.br/etc/revistas/index.php/conjectura/login
Telefone: (54) 3218-2824
ISSN: 1031457
Editor Chefe: Everaldo Cescon
Início Publicação: 31/12/2001
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Educação

Reflexões sobre a educação contemporânea: a contribuição de Abraham Joshua Heschel a partir de suas raízes judaicas

Ano: 2011 | Volume: 16 | Número: 3
Autores: Renato Somberg Pfeffer
Autor Correspondente: Renato Somberg Pfeffer | [email protected]

Palavras-chave: Heschel. Educação. Tradição judaica. Homem moderno.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A filosofia da educação de Abraham Joshua Heschel busca, na
tradição judaica, uma luz para o homem moderno. Esta tradição afirma que
o mundo descansa sobre três pilares: estudar para participar da sabedoria
divina, cultuar o Criador e ter compaixão pelo nosso próximo. Nossa
civilização, afirma o filósofo, subverteu esses pilares fazendo do estudo uma
forma de alcançar o poder, da caridade um instrumento de relações públicas
e do culto uma forma de adorar nosso próprio ego. Essa crise extrema exige
uma reorientação radical: estudo, culto e caridade são fins e não meios. O
poder, por sua vez, deveria ser um instrumento e não a finalidade da existência.
Para Heschel, o clímax da existência, a experiência suprema do viver, deveria
ser estudar. Na prática, isso significa uma reforma radical dos fundamentos da
educação contemporânea. Os insights heschelianos podem ser fundamentais
para a compreensão da condição humana em sua historicidade e do mundo
como lugar de realização da humanidade.



Resumo Inglês:

The educational philosophy of Abraham Joshua Heschel seeks
guidance in Jewish tradition for the modern man. This tradition states that
the world rests on three pillars: to study in order to participate in the divine
wisdom; to worship the Creator; and to have compassion for our neighbor.
The philosopher states that our civilization has subverted these pillars making
the study a way to achieve power, charity a public relations tool and cult a
form of worshipping our own ego. This extreme crisis requires a radical
reorientation: study, worship and charity are ends, not means. Power, in turn,
should be a tool, not the purpose of our existence. For Heschel, Study should
be the climax of existence, the ultimate experience of living. In practice this
means a radical reform of the foundations of contemporary education.
Heschelians insights may be fundamental to understand the human condition
in its historicity and the world as a place of humanity’s fulfillment.