Questões polêmicas sobre a economia criativa em territórios urbanos com carências socioeconômicas
Diálogo com a Economia Criativa
Questões polêmicas sobre a economia criativa em territórios urbanos com carências socioeconômicas
Autor Correspondente: Israel Alves Jorge de Souza | [email protected]
Palavras-chave: economia criativa, desenvolvimento territorial, favelas, áreas urbanas degradadas
Resumos Cadastrados
Resumo Português:
A partir da definição de territórios urbanos com carências socioeconômicas (TUCS), abrangendo favelas e áreas urbanas degradadas, pretende-se breve análise da economia criativa como estratégia de desenvolvimento territorial para em seguida percorrer questões polêmicas relacionadas. Tratam-se de questões que remetem inclusive à própria relação histórica entre Lisboa e o Rio de Janeiro, no âmbito do recorte metodológico da pesquisa que deu origem ao presente texto. Por um lado, há o posicionamento de que as iniciativas de indução da economia criativa podem se traduzir em imposições capitalistas que ameaçam as especificidades culturais dos TUCS. Por outro lado, entende-se que essas iniciativas podem ser encaradas como resgates e adaptações do clássico fenômeno urbano de balanço entre funcionalidades econômicas e criatividade, num viés flexível e positivo em prol do desenvolvimento.
Resumo Inglês:
From the definition of urban territories with socioeconomic needs, encompassing slums and degraded urban areas, it is intended a brief analysis of the creative economy as a strategy for territorial development and then discuss related controversial issues. These are questions that even refer to the historical relationship between Lisbon and Rio de Janeiro, within the scope of the methodological cut of the research that originated the present text. On the one hand, there is the position that the initiatives of creative economy induction can translate into capitalist impositions that threaten the cultural specificities of the urban territories with socioeconomic needs. On the other hand, it is understood that these initiatives can be seen as rescues and adaptations of the classic urban phenomenon of balance between economic functionalities and creativity, in a flexible and positive development bias.
