PROTAGONISMO DA JUVENTUDE JIRIPANKÓ: OS MOVIMENTOS INDÍGENAS E A UNIVERSIDADE COMO TERRITÓRIO DE LUTA
Revista Em Favor de Igualdade Racial
PROTAGONISMO DA JUVENTUDE JIRIPANKÓ: OS MOVIMENTOS INDÍGENAS E A UNIVERSIDADE COMO TERRITÓRIO DE LUTA
Autor Correspondente: J. P. J. Santos | [email protected]
Palavras-chave: juventude, universidade, povos indígenas jiripankó
Resumos Cadastrados
Resumo Português:
O presente trabalho tem como objetivo analisar a perspectiva da juventude indígena da comunidade Jiripankó, localizada no sertão alagoano, em meio aos movimentos culturais e à universidade, considerando-a como um território de luta. Este trabalho segue a metodologia da pesquisa etnográfica (MATTOS, 2011), em que buscamos discutir sobre uma temática vivenciada por um dos pesquisadores. Para realização deste estudo, foram coletadas entrevistas com duas jovens da comunidade, que fazem parte do grupo “Tonã Toa”, na qual discutimos questões relacionadas à temática do protagonismo e da juventude, além da importância deles para os movimentos de luta e de resistência. Como embasamento teórico, utilizamos pesquisadores como Dayrell (2003), Dayrell e Gomes (2009), Santos, Ferreira e Santos (2022); e o Plano Pedagógico do Curso de Letras da Licenciatura Intercultural (CLIND-AL, 2018). Além disso, recorremos a algumasreflexões sobre o Letramento de Resistência (SOUZA, 2011), considerando a união entre espaços não formais e formais de ensino (aldeia e universidade) para a construção de um diálogo e para a formação cidadã desse grupo que, por vezes, foi silenciado. Analisamos os dados de forma qualitativa, priorizando a descrição e interpretação das falas das colaboradoras. Diante disso, constatamos que não existe apenas uma juventude (singular), mas diferentes juventudes (plural), em que ser indígena não está vinculado a um estereótipo e que cada indivíduo, por mais que carregue o traço identitário da cultura, possui uma identidade individual, na qual ele tem autonomia de escolher quais serão os caminhos que deseja trilhar.
Resumo Inglês:
The present work aims to analyze the perspective of the indigenous youth of the Jiripankó community, located in the hinterland of Alagoas, in the midst of cultural movements and the university, considering it as a territory of struggle. This work follows the methodology of ethnographic research (MATTOS, 2011), in which we seek to discuss a theme experienced by one of the researchers. To carry out this study, interviews were collected with two young women from the community, who are part of the group “Tonã Toa”, in which we discussed issues related to the theme of protagonism and youth, in addition to their importance for the struggle and resistance movements. As a theoretical basis, we used researchers such as Dayrell (2003), Dayrell and Gomes (2009), Santos, Ferreira and Santos (2022); and the Pedagogical Plan of the Languages Course of the Intercultural Licentiate (CLIND-AL, 2018). In addition, we resorted to some reflections on the Literacy ofResistance (SOUZA, 2011), considering the union between non-formal and formal teaching spaces (village and university) for the construction of a dialogue and for the citizenship formation of this group that, for times it was silenced. We analyzed the dataqualitatively, prioritizing the description and REVISTA EM FAVOR DE IGUALDADE RACIAL, Rio Branco –Acre, v.7, n.1, p. 133-149, jan-abr. 2024.134interpretation of the collaborators' speeches. In view of this, we found that there is not only one youth (singular), but different youths (plural), in which being indigenous is not linked to a stereotype and that each individual, however much he carries the identity trait of the culture, has an individual identity, in which he has the autonomy to choose which paths he wants to follow.
