Programa Escola da Terra em São Paulo: educação continuada de professores do campo
Revista Educação e Políticas em Debate
Programa Escola da Terra em São Paulo: educação continuada de professores do campo
Autor Correspondente: Maria Cristina dos Santos | [email protected]
Palavras-chave: Escola da Terra. Educação do campo. Sala Multisseriada. Formação de Professores. Política Educacional.
Resumos Cadastrados
Resumo Português:
O Programa Escola da Terra é uma política pública de educação do campo criado em 2013 durante o primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff, coordenado pela Secretaria Continuada de Alfabetização, Diversidade e Inclusão (SECADI) do Ministério da Educação(MEC) em parceria com municípios, estados e universidades públicas federais. É uma das ações do Programa Nacional de Educação do Campo (PRONACAMPO) e visa à qualificação da oferta de educação básica e superior às populações do campo. No estado de São Paulo, a execução do programa Escola da Terra ficou a cargo da Universidade Federal de São Carlos, a partir de 2017, ano que ofertamos a primeira formação para professores das escolas do campo paulistas. Neste texto apresento a experiência da UFSCar com o Escola da Terra, sua organização pedagógica e a concepção pedagógica adotada para a formação dos professores, a Pedagogia Histórico Crítica. Conclui-se que a mobilização coletiva em defesa da educação e da educação do campo, especificamente, é ainda mais necessária para a garantia e manutenção do direito a educação e, para isso, precisamos também de uma teoria pedagógica forte, que se contraponha às teorias hegemônicas que esvaziam a escola de sentido e os professores da autonomia intelectual para desempenhar oseu trabalho.
Resumo Inglês:
The Escola da Terra Program is a public policy for rural education created in 2013 during the first term of President Dilma Rousseff, coordinated by the Continued Secretariat for Literacy, Diversity and Inclusion (SECADI) of the Ministry of Education (MEC) in partnership with municipalities, states and federal public universities. It is one of the actions of theNational Rural Education Program (PRONACAMPO) and aims to improve the provision of basic and higher education to rural populations. In the state of São Paulo, the Escola da Terra program was carried out by the Federal University of São Carlos, starting in2017, the year in which we offered the first training for teachers of rural schools in São Paulo. In this text I present the experience of UFSCar with Escola da Terra, its pedagogical organization and the pedagogical concept adopted for the formation of teachers, the Critical Historical Pedagogy. It is concluded that collective mobilization in defense of education and rural education, specifically, is even more necessary to guarantee and maintain the right to education and, for that, we also need a strong pedagogical theory, which opposes the theories hegemonic theories that deprive the school of meaning and the teachers of intellectual autonomy to carry out their work.
Resumo Espanhol:
El Programa Escola da Terra es una política pública de educación rural creada en 2013 durante el primer mandato de la presidenta Dilma Rousseff, coordinada por la Secretaría Permanente de Alfabetización, Diversidad e Inclusión(SECADI) del Ministerio de Educación (MEC) en alianza con los municipios , universidades públicas estatales y federales. Es una de las acciones del Programa Nacional de Educación Rural (PRONACAMPO) y tiene como objetivo mejorar la provisión de educación básica y superior a las poblaciones rurales. En el estado de São Paulo, el programa Escola da Terra fue realizado por la Universidad Federal de São Carlos, a partir de 2017, año en que ofrecimos la primera formación para profesores de escuelas rurales de São Paulo. En este texto presento la experiencia de la UFSCar con la Escola da Terra, su organización pedagógica y el concepto pedagógico adoptado para la formación de profesores, la Pedagogía Histórica Crítica. Se concluye que la movilización colectiva en defensa de la educación y la educación rural, específicamente, es aún más necesaria para garantizar y mantener el derecho a la educación y, para ello, también necesitamos una teoría pedagógica fuerte, que se oponga a las teorías hegemónicas que privan a losla escuela del sentido y los docentes de la autonomía intelectual para realizar su trabajo.
