Produções do invisível: considerações sobre o tempo e a formação de professores

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ISSN: 1984-6444
Editor Chefe: Sueli Salva
Início Publicação: 30/04/1970
Periodicidade: Diário
Área de Estudo: Educação

Produções do invisível: considerações sobre o tempo e a formação de professores

Ano: 2013 | Volume: 38 | Número: 1
Autores: A. Dalmaso, D. Sangoi
Autor Correspondente: A. Dalmaso | [email protected]

Palavras-chave: tempo, individuação, formação de professores.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O presente texto se propõe a abordar, mesmo que brevemente, a temática da invenção no âmbito da formação de professores. Para tanto, faremos um apanhado das contribuições de Virgínia Kastrup a esse respeito, trazendo a questão do tempo – através da problematização de duração, de Henri Bergson – e seu emprego na temática da formação. A partir disso, tentaremos desconstruir um olhar de referência identitária na contemporaneidade para modos de existência que se percebem múltiplos e abertos. Na processualidade que se trata em explicar, nos movimentos inventivos que funcionam com ela, o tempo é considerado como expressão da dimensionalidade do ser individuando-se. Ou seja, durar refere-se a uma imediatidade do ser, do tempo de ser, que é modulável, mutante, sempre em devir, sempre em criação. Na construção de produzir um corpo que abandona uma referência identitária – que diverge com a transformação de si – inevitavelmente reportamo-nos à relação da ideia de tempo como duração com a operação de individuação de Gilbert Simondon. É do intercruzamento destes conceitos, e sua possível ressonância no debate que concerne a políticas formativas, que se pode desenvolver um olhar do invisível a uma formação de professores, de aprendizes de outros modos de operar no mundo. A invenção como alavanca nos direciona a um campo de possibilidades de conceber e vivenciar um outro tempo (e espaço) que é ele mesmo produção de subjetividades, singularidades e diferenças.



Resumo Inglês:

This paper aims to approach, even though in a briefly way, the subject of invention in the training of teachers. In order to do this, we will make a brief overview on Virgínia Kastrup contributions about this issue. One of the questions is the time - through Henri Bergson’s duration concept and its using in training theme. From this point, we will try to deconstruct a view about the identity reference in contemporaneity toward to multiple and open ways of existence. In the inventive movements of the processuality, the time is considered as an expression of human being individuation. It means to last refer to an immediacy of being, of being time, which are modulable and mutant, always in a creation process. In a movement of building a body which leaves an identity reference – that is opposite of self-transformation – necessarily we report us to the relation between the idea of time as duration and the individuation principle by Gilberto Simondon. With these concepts and their possible resonance in the discussion about formative politics, we can develop a view over the invisible to training of teachers and over the learners and another ways of operating in the world. The invention as a lever direct us to a field of possibilities to conceive and experience another time (and space) which is producer of subjectivity, singularities and differences.