O PROPÓSITO DESTE ARTIGO É OFERECER uma revisão da literatura concernente aos processos mentais subjacentes ao ato tradutório e a sua aplicabilidade para o ensino da tradução. O interesse pelo processo da tradução, ou seja, as etapas percorridas por um determinado tradutor em determinadas condições para traduzir um determinado texto, tem aumentado de maneira considerável dentro da área de estudos de tradução nos últimos dez anos. Prova disso é a quantidade de artigos e livros publicados recentemente (cf. Krings 1986, 1988, Kõnigs 1986, 1987, Gerloff 1988, Séguinot 1989a, 1989b, Jááskeláinen 1990, Lõrscher 1991, Alves 1996). Vale a pena ainda ressaltar o número 01 de 1996 do periódico canadense META, especializado em tradução e interpretação, que traz em sua edição especial uma série de artigos direcionados ao processo da tradução (cf. META, v.41, n.01, 1996, editado por Frank Kõnigs), bem como a publicação de alguns livros ligados direta ou indiretamente ao processo da tradução, oferecendo perspectivas concretas sobre o treinamento de tradutores, como por exemplo Alves (1995), Kussmaul (1995), Hõnig (1995), Robinson (1997) e Lõrscher (no prelo)