Prevalência de cervicite, vaginites e vaginose bacteriana em mulheres climatéricas e não climatéricas

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Início Publicação: 28/02/1999
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Biologia geral

Prevalência de cervicite, vaginites e vaginose bacteriana em mulheres climatéricas e não climatéricas

Ano: 2007 | Volume: 9 | Número: 1

Palavras-chave: Mulheres climatéricas, Mulheres não climatéricas, vaginites, vaginose bacteriana, clamidia.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

As infecções genitais femininas decorrem da presença de determinados agentes
patogênicos associados a fatores diversos como alterações hormonais,
desequilíbrio imunológico, entre outros. A fase climatérica da vida feminina cursa
com muitos destes fatores que podem predispor a mulher a estas infecções.
Desta maneira, o objetivo deste trabalho foi avaliar a prevalência de infecções
causadas Candida sp., Trichomonas vaginalis, Gardnerella vaginalis e Chlamydia
trachomatis em mulheres climatéricas (com idade superior a 40 anos) e não
climatéricas (com idade inferior a 40 anos) em um laboratório ambulatorial de
Londrina/PR. Foram levantados 571 prontuários de mulheres que realizaram
concomitantemente os exames bacteriscópicos de Gram, citologia oncótica cervicovaginal
e exame à fresco e eventualmente o exame para chlamydia. Das 437
(76,6%) mulheres não climatéricas, 64 (14,6%), 1 (0,2%) e 134 (30,7%) foram
positivas para Candida sp., T. vaginalis e G. vaginalis pela coloração de Gram e
35 (8,0%), 4 (0,9%) e 70 (16,0%) pela coloração de Papanicolau, respectivamente.
Das 134 (23,4%) mulheres climatéricas, foram positivas 13 (9,7%), 0 (0%) e 36
(26,9%) e 12 (9,0%), 2 (1,5%) e 20 (14,9%) pela coloração de Gram e Papanicolau,
respectivamente. Pelo exame à fresco, 61 (14%) mulheres não climatéricas foram
positivas para Candida sp. e nenhuma para T. vaginalis, enquanto que 14 (10,4%)
mulheres climatéricas foram positivas para Candida sp. e 2 (1,5%) para T. vaginalis.
A prevalência de vaginose bacteriana segundo o escore de Nugent ocorreu em 66
(15,1%) das mulheres não climatéricas e 24 (17,9%) das climatéricas. Na
investigação isolada de infecção por Chlamydia trachomatis, 23% das mulheres
não climatéricas e 24% das mulheres climatéricas foram positivas. Os resultados
encontrados não demonstraram diferenças significativas na prevalência de
infecção por nenhum dos agentes estudados entre os grupos. Contudo, a coloração
por Gram demonstrou-se significativamente mais eficiente para a evidenciação de
G. vaginalis do que a coloração de Papanicolau neste estudo.