Prevalência de bastonetes Gram-negativos não fermentadores isolados em amostras de hemoculturas

REVISTA BRASILEIRA DE ANÁLISES CLÍNICAS

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ISSN: 24483877
Editor Chefe: Paulo Murillo Neufeld
Início Publicação: 30/06/2016
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Ciências Biológicas, Área de Estudo: Bioquímica, Área de Estudo: Farmacologia, Área de Estudo: Imunologia, Área de Estudo: Microbiologia, Área de Estudo: Parasitologia, Área de Estudo: Ciências da Saúde, Área de Estudo: Farmácia, Área de Estudo: Saúde coletiva, Área de Estudo: Multidisciplinar

Prevalência de bastonetes Gram-negativos não fermentadores isolados em amostras de hemoculturas

Ano: 2021 | Volume: 53 | Número: 3
Autores: Mayara Silveira Leal, Adrieli Alves Carneiro, Patrícia Guedes Garcia
Autor Correspondente: Mayara Silveira Leal | [email protected]

Palavras-chave: Hemocultura; Sepse; Resistência Microbiana a Medicamentos; Infecções por Bactérias Gram-negativas

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Objetivos: Avaliar a prevalência de bactérias não fermentadoras em amostras de hemoculturas provenientes das Unidades de Terapia Intensiva (UTI’s) adulto e neonatal e da Unidade Coronariana (UC); definir o perfil de suscetibilidade aos antimicrobianos das cepas bacterianas prevalentes. Métodos: Foram coletados dados de todas as hemoculturas positivas das UTIs Adulto, Neonatal e UC de um hospital privado, em Juiz de Fora, Minas Gerais, Brasil, de janeiro de 2017 a janeiro de 2019. Resultados: Foram analisados 3.535 resultados de amostras de hemoculturas onde 2.464 (69,7%) foram negativas e 1.071 (30,3%) positivas para algum microrganismo. Dentre as amostras positivas foram encontrados 77 bastonetes Gram-negativos não fermentadores (6,9%), com a prevalência de Acinetobacter baumannii (51,9%) seguido de Pseudomonas aeruginosa (32,5%). As cepas de A. baumannii foram resistentes aos carbapenêmicos e às quinolonas. Quanto às cepas de P. aeruginosa, as drogas testadas que apresentaram maior resistência foram a ampicilina, ampicilina com tazobactam, as cefalosporinas de segunda e terceira geração, exceto ceftazidima; e a tigeciclina. As drogas que apresentaram boa atividade na inibição do crescimento das cepas analisadas foram tigeciclina para A. baumannii e colistina para ambas as cepas. Conclusão: o presente estudo alerta para a resistência a múltiplas classes de antimicrobianos das cepas advindas das UTIs e UC, demonstrando um cenário preocupante e a necessidade de desenvolvimento de novas drogas e novas medidas de controle.



Resumo Inglês:

Objectives: To evaluate the prevalence of non-fermenting bacteria in blood culture samples from the adult and neonatal intensive care units (ICUs) and the Coronary Care Unit (UC); define the antimicrobial susceptibility profile of prevalent bacterial strains. Methods: Data were collected on all positive blood cultures from the Adult, Neonatal and UC ICUs of a private hospital in Juiz de Fora, Minas Gerais, Brazil, from January 2017 to January 2019. Results: 3535 results of blood culture samples were analyzed, where 2464 (69.7%) were negative and 1071 (30.3%) positive for some microorganism. Among the positive samples, 77 non-fermenting Gram negative rods (6.9%) were found, with the prevalence of Acinetobacter baumannii (51.9%) followed by Pseudomonas aeruginosa (32.5%). A. baumannii strains were resistant to carbapenems and quinolones. As for strains of P. aeruginosa, the drugs tested that showed greater resistance were ampicillin, ampicillin with tazobactam, second and third generation of cephalosporins, except ceftazidime; and tigecycline. The drugs that showed good activity in inhibiting the growth of the strains analyzed were tigecycline for A. baumannii and colistin for both strains. Conclusion: the present study warns of resistance to multiple classes of antimicrobial strains from the ICUs and UC, demonstrating a worrying scenario and the need to develop new drugs and new control measures.