Pragmatismo e Possibilidades a Política Externa do Governo Getúlio Vargas 1930 – 1945

Revista Sociais e Humanas

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ISSN: 23171758
Editor Chefe: Kelmara Mendes Vieira
Início Publicação: 30/11/1975
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Multidisciplinar

Pragmatismo e Possibilidades a Política Externa do Governo Getúlio Vargas 1930 – 1945

Ano: 2003 | Volume: 16 | Número: 1
Autores: Tiago Martins Goulart
Autor Correspondente: Tiago Martins Goulart | [email protected]

Palavras-chave: Política externa, Era Vargas, Alinhamento

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Os anos de 1930-1945 são usados pela historiografia quase de maneira unânime como marcos temporais de início e do termino de um período especialmente particular da historia brasileira. Tal especificidade deve-se a uma série de transformações ocorridas, seja em níveis políticos, econômicos, sociais e culturais, mas,sobretudo, é identificada pela presença e proeminência da figura de Getulio Vargas. Mesmo em recortes que privilegiam períodos menores – geralmente o Estado Novo – e expressão “Era Vargas” para denominar os quinze anos de governo sob sua égide é recorrente e, mesmo atentando-se para certas ressalvas, pertinente. Contudo, a abordagem de tal período como um bloco, homogêneo e contínuo, pode levar a uma impressão quanto a certas comunidades, ou quando estas são realmente detectáveis, à sua supervalorização: correndo-se assim o risco de negligenciar o processo de construção de certos momentos históricos, com seus agentes e forças motrizes. A política externa, entre o movimento político-militar de 1930 e a deposição de Vargas em 1945, é um exemplo bastante contundente de que durante tal período as posições e os procedimentos foram adotados diante de conjunturas específicas e, portanto, de maneira nenhuma estavam previamente dados ou com um caráter uniforme e inalterável. A gradual passagem de uma postura ainda vinculada às práticas liberais e às necessidades fundamentalmente comerciais para uma prática de negociação mais complexa, marcada pelo surgimento de potencialidades e interesses tanto internos quanto externos, ilustram que as relações internacionais do Brasil passaram por um amplo processo de transformação, o qual teria implicações profundas não somente durante o período em que se processou, mas também, por sua natureza e profundidade, naqueles que se seguiriam.